Projeto que muda regras do Ecad é aprovado em última votação no Senado e segue para sanção

11/07/2013 - 0h00

Mariana Jungmann
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O plenário do Senado aprovou hoje (10), definitivamente, o projeto de lei que define as condições de arrecadação e distribuição de direitos autorais de obras musicais. A matéria altera a maneira como o Escritório Central de Arrecadação de Direitos Autorais (Ecad) repassará os direitos dos músicos e estabelece formas de fiscalização da arrecadação desses direitos.

O projeto recebeu uma emenda na Câmara dos Deputados que estabelecia a isenção de taxa de execução pública de obras musicais nos eventos de caráter filantrópico, de utilidade pública com natureza beneficente ou de caráter religioso. Por isso, o texto precisou retornar ao Senado para última análise.

Os senadores, no entanto, rejeitaram a alteração feita pelos deputados e retomaram o texto aprovado por eles anteriormente. Pelo projeto aprovado, o Ecad passa a ser fiscalizado por um órgão específico e terá de prestar informações precisas sobre a distribuição dos recursos. Ele também estabelece a redução da atual taxa administrativa cobrada pelo escritório de 25% para 15%, garantindo que os autores recebam 85% de tudo o que for arrecadado pelo uso das obras artísticas.

Outra mudança que o projeto faz é em relação aos créditos retidos quando o Ecad não identifica os autores da obra. Pelo texto, essas arrecadações só podem ficar retidas durante cinco anos e, depois, precisam ser distribuídas proporcionalmente aos detentores de direitos. A mudança evita que o dinheiro seja usado para equilíbrio de finanças ou pagamento de prêmios, por exemplo.

A matéria recebeu o apoio de diversos cantores e compositores de fama nacional, que estiveram no Senado na semana passada acompanhando a primeira votação no Senado. O texto agora segue para sanção da presidenta Dilma Rousseff.

 

Edição: Aécio Amado

Todo o conteúdo deste site está publicado sob a Licença Creative Commons Atribuição 3.0 Brasil. É necessário apenas dar crédito à Agência Brasil