Da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O Diário Oficial do Município do Rio de Janeiro publicou na sua edição de hoje (9) o decreto do prefeito Eduardo Paes demitindo o médico Adão Orlando Crespo Gonçalvez, indiciado por omissão de socorro, falsidade ideológica e estelionato por faltar ao plantão no dia 25 de dezembro do ano passado no Hospital Salgado Filho, no Méier, zona norte do Rio. Uma menina, de 10 anos, que foi baleada na cabeça, teve que esperar oito horas por atendimento na emergência do hospital, pois não havia um neurocirurgião na unidade. A menina morreu 11 dias depois.
De acordo com o Decreto n° 748, Gonçalves transgrediu os artigos 167 e 168 da Lei n° 94, os quais se referem aos direitos e às proibições dos funcionários públicos. Apesar de não comparecer ao plantão, o médico fraudava as folhas de ponto para receber sem trabalhar e por isso também foi acusado de estelionato.
Segundo a prefeitura do Rio de Janeiro, mais oito médicos foram punidos no mesmo processo. “A penalidade desses servidores será compatível com a participação de cada um nas irregularidades em análise”, diz em nota a assessoria da prefeitura.
Na época, o Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj) abriu uma sindicância para apurar os envolvimentos no caso. A investigação ainda está em andamento e não há previsão para término.
Edição: Fábio Massalli
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