Yara Aquino*
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A presidenta Dilma Rousseff disse hoje (3) que as interrupções de rodovias federais por caminhoneiros nos últimos dias ferem a ordem do país. Segundo ela, o governo não concorda com qualquer processo que provoque turbulência nas atividades produtivas do país e na vida da população.
“Meu governo não ficará quieto durante o processo de interrupção de rodovias. Ordem significa democracia, respeito às condições da produção e de circulação da população. Não tenham dúvidas que o governo não negocia isso, não concordamos com processos que levem a qualquer turbulência nas atividades produtivas e na vida das pessoas”, disse.
Ela discursou na cerimônia de assinatura do primeiro anúncio público de terminais de uso privado (TUPs), no Palácio do Planalto. Durante o evento, a presidenta anunciou a primeira lista dos 50 portos privados que poderão ser abertos no país, com aporte de R$ 11 bilhões em investimentos particulares.
A presidenta mencionou a expressão “Ordem e Progresso” da bandeira do Brasil para dizer que ordem significa democracia. Dilma disse haver diferença entre bloqueios de caminhoneiros e das manifestações feitas pela população nas ruas das cidades nos últimos dias. “Uma coisa são manifestações pacíficas que muito engrandecem o país, outra muito diferente é acreditar que o país possa viver sem normalidade e estabilidade”.
Nos últimos dias caminhoneiros em protestos interditam, total ou parcialmente, rodovias federais no país. Hoje, trechos de rodovias que cortam estados da Região Sul foram bloqueadas. Ontem (2), segundo balanço nacional divulgado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) sete estados tiveram estradas bloqueadas.
* Colaboraram Luciene Cruz e Pedro Peduzzi
Edição: José Romildo
Todo o conteúdo deste site está publicado sob a Licença Creative Commons Atribuição 3.0 Brasil. É necessário apenas dar crédito à Agência Brasil