Vinícius Lisboa
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O prefeito da capital fluminense, Eduardo Paes, divulgou hoje (21) um balanço de prejuízos após o confronto da noite de ontem (20) no centro da cidade, entre a polícia e manifestantes. Para ele, esse grupo é uma minoria que precisa ser diferenciada da população que se manifestou de forma pacífica. Mais de 300 mil pessoas protestaram por diversos motivos na Avenida Presidente Vargas. Uma pequena parte depredou equipamentos públicos e prédios privados em diversos pontos do centro. O número de feridos atendidos no Hospital Souza Aguiar chegou a 62. Três pessoas permanecem internadas, nenhuma em estado grave.
"A cidade do Rio de Janeiro, ao longo de sua história, teve um papel fundamental em diversos momentos históricos do Brasil, e isso se deu com manifestações democráticas, como nas Diretas Já!. Não tenho dúvidas de que a maior parte buscava garantir essa tradição da cidade, mas grupos que são minoria acabaram marcando de maneira negativa o movimento", avaliou Paes.
Segundo a prefeitura, entre os 62 feridos estão oito guardas municipais agredidos quando manifestantes tentaram invadir a Unidade de Ordem Pública localizada no centro. O Terreirão do Samba foi "completamente depredado", de acordo com o prefeito, e o Sambódromo teve prejuízos nos setores 1 e 3. A prefeitura informou ou que foram destruídos 98 semáforos, 31 placas de trânsito, 62 abrigos de ônibus, cinco relógios, 46 placas de identificação de ruas, sete carros particulares dos guardas e 340 lixeiras. Prejuízos em prédios comerciais que foram danificados ainda estão sendo contabilizados, assim como o valor das perdas em dinheiro.
Paes disse que a prefeitura "vai continuar trabalhando para garantir o direito da população de se manifestar de forma democrática". "O que não se pode admitir, e eu tenho a certeza de que essa é a opinião de 99% das pessoas que estavam lá, são esses atos de vandalismo."
Diante do aumento do número de protestos convocados na cidade, com manifestações nas zonas oeste e zona norte, Paes deu a mesma resposta, afirmando que o papel da prefeitura é garantir que a população se manifeste democraticamente.
Edição: Juliana Andrade
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