Da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O centro de São Gonçalo, na região metropolitana do Rio, amanheceu hoje (19) com marcas de vandalismo após a manifestação da noite de ontem (18), que reuniu cerca de cinco mil pessoas contra o aumento das passagens de ônibus. O prédio da prefeitura da cidade foi alvo de pichações e os jardins no entorno foram destruídos. O protesto, que começou de forma pacífica, terminou em confusão com seis pessoas detidas e levadas para a 74ª DP (Alcântara). Todas foram liberadas após pagarem fiança.
Cinco ônibus foram depredados e uma agência bancária teve a fachada destruída. Nas principais ruas do Centro, muitas lixeiras foram destruídas. Estabelecimentos comerciais e prédios públicos foram pichados e houve tentativa de invasões. Pela manhã, funcionários começaram a instalar tapumes nos locais danificados. A prefeitura ainda não calculou o prejuízo provocado pelas depredações.
A polícia utilizou bombas de gás lacrimogêneo, spray de pimenta e balas de borracha para conter os ânimos e dispersar o grupo de exaltados. Por medida de segurança e para evitar depredações, o comércio da Praça Zé Garoto, um dos mais importantes do município, fechou as portas às 14h30. A prefeitura da cidade também suspendeu as aulas nas escolas públicas no mesmo horário.
Em nota, o prefeito de São Gonlalo, Neilton Mulin, falou sobre a manifestação de ontem. “A democracia precisa ser manifestada: é um direito legítimo do cidadão. As palavras de ordem e progresso escritos em nossa bandeira nos levam a defender o valor das verdades que sustentam as esperanças de milhares. É muito importante ver a consciência da força que a união da população de nosso país e cidade possui para promover mudanças e impulsionar desenvolvimento. Conforme nos comprometemos no período eleitoral, estamos nos estruturando para que o preço das tarifas de transporte seja reduzido. Revogar o Decreto nº304/12 assinado em 28/12, que determinou aumento da passagem dos ônibus a vigorar em 2 de janeiro de 2013, foi uma das primeiras defesas ao direito da população que exercemos ao assumir a gestão. Ação esta, que foi bloqueada pela Justiça que concedeu liminar favorável aos empresários, mas que ainda tramita em instância superior” disse.
Edição: José Romildo
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