Vladimir Platonow
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A situação permanece incontrolável no centro do Rio por mais de duas horas após o início dos confrontos entre manifestantes e policiais. Praticamente todas as agências bancárias próximas da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) tiveram vidraças quebradas e foram invadidas e vários caixas eletrônicos foram quebrados. Apesar da violência, a Polícia Militar (PM) evitou intervir diretamente, evitando ficar no entorno do protesto.
Bombas de gás lacrimogênio foram disparadas diversas vezes, mas mesmo assim as ruas foram tomadas por fogueiras feitas pelos manifestantes com latas de lixo e as grades, usadas inicialmente pela PM para isolar a Alerj, foram usadas no protesto para fechar as ruas.
Um outro carro acabou de ser incendiado na Rua do Assembleia.
Há poucos instantes três viaturas do corpo de bombeiros foram chamadas para apagar as fogueiras, que ameaçam se alastrar para uma agência bancária. Os bombeiros conseguiram passar pela multidão sem incidentes e foram muito aplaudidos. Alguns manifestantes chegaram a subir no carro dos bombeiros.
A polícia continua sem intervir diretamente na situação, limitando-se a fazer rondas pelo entorno. Segundo a Polícia Militar, o protesto no Rio de Janeiro reuniu 100 mil pessoas. Uma chuva fraca começou a cair, mas os manifestantes permanecem na rua em frente à Alerj.
Edição: Fábio Massalli // matéria atualizada às 21h41 para acréscimo de informação
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