Daniel Mello
Repórter da Agência Brasil
São Paulo – A manifestação contra o aumento das passagens do transporte público hoje (17), no centro da capital paulista, reuniu todo tipo de gente e prossegue pacificamente. Além dos estudantes, punks, e filiados a sindicatos e partidos políticos, também teve pessoas como Mariangela Nicolelis. Ela foi acompanhar os filhos de 20 e 24 anos. "Tem muito jovens, mas eu acho que as pessoas mais velhas precisam vir”, disse a agente socioambiental.
O ato pacífico surpreendeu positivamente as pessoas que tinham participado das manifestações anteriores. A estudante de comunicação Maíra Moreno, que esteve nos outros quatro protestos, chegou a trazer uma máscara para se proteger das bombas de gás. Ela espera que, a partir de agora, as manifestações ganhem cada vez mais força.
“A minha esperança é que isso não morra, tem muita coisa para a gente fazer. Tinha que ter feito esse tipo de coisa”, disse a jovem, que se sentiu justiçada por ver uma manifestação ainda maior após os atos da repressão policial. “Senti justiçada por meio disso tudo. Eu apanhei e levei bomba na cara, mas compensou ver um negócio desse”, completou.
Caio Reinhard, estudante de design, disse que a sua presença no ato de hoje se deu porque a pauta de reivindicação se expandiu, além da redução da tarifa. “Agora, não é só por conta dos 20 centavos, é contra tudo de errado no nosso país”, disse o jovem que chegou a levar um kit de primeiros socorros.
A manifestação reúne mais de 30 mil pessoas segundo a Polícia Militar. Até o momento não foi registrado confrontos com a polícia e depredações.
Edição: Aécio Amado
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