Luana Lourenço e Marcelo Brandão
Repórteres da Agência Brasil
Brasília - A presidenta Dilma Rousseff lamentou hoje (11) a morte do historiador Jacob Gorender. O militante comunista morreu hoje (11), em São Paulo, aos 90 anos.
Em nota, a presidenta chama Gorender de “amigo e companheiro” e diz que o historiador “não teve medo de defender suas ideias, mesmo pagando o pior dos preços”. Os dois se conheceram quando estavam presos no Dops (Departamento de Ordem Política e Social), em São Paulo, vítimas da repressão da ditadura militar. “Ele estava convalescente de torturas e foi conselheiro importante em um momento crucial na minha vida”, diz o texto.
Dilma cita os livros O Escravismo Colonial e Combate nas Trevas, de Gorender, como “duas obras clássicas da historiografia brasileira”.
O escritor e historiador baiano Jacob Gorende integrou o Partido Comunista Brasileiro (PCB), de onde saiu para fundar o Partido Comunista Brasileiro Revolucionário (PCBR).
Marxista, Gorender era considerado um grande pensador brasileiro. Em sua obra O Escravismo Colonial, de 1978, ele se opôs à corrente que inseria o Brasil no modelo de desenvolvimento europeu e mostrou o passado escravista colonial do país.
Em nota, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, que conheceu e conviveu com Gorender ao longo de sua vida pública, também lamentou a morte do escritor. “Jacob certamente ficará como um exemplo para as novas gerações”.
Alterada às 20h12 para acréscimo de informação
Edição: Aécio Amado
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