Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Cerca de 50,5 milhões de eleitores iranianos estarão aptos a votar no próximo dia 14 para escolher o novo presidente, que sucederá Mahmoud Ahmadinejad. As eleições presidenciais no Irã envolvem oito candidatos. Os concorrentes tiveram os nomes submetidos ao Conselho de Clérigos (religiosos) do país, que reduziu o número de candidatos de 700 para oito.
No Irã, o presidente é a mais elevada autoridade estatal ao lado do líder supremo, que é um religioso. As principais decisões e nomeações envolvem ambos, mas muitas vezes divergem.
Ahmadinejad, que venceu as eleições em 2005 e em 2009, não pode se candidatar a mais uma reeleição porque a Constituição iraniana proíbe.
De acordo com analistas políticos, o favorito nas eleições presidenciais é o conservador Said Jalili, atual secretário do Conselho Supremo de Segurança Nacional e principal negociador internacional para temas nucleares. Também estão entre os candidatos com chances Mohsen Rezaei, ex-comandante do Corpo de Guardiães da Revolução e atual secretário do Conselho de Discernimento, e Ali Akbar Velayati, assessor do líder supremo e ex-ministro das Relações Exeriores.
Há, ainda, os conservadores Mohamad Bagher Qalibaf, prefeito de Teerã, o deputado Gholam Ali Hadad Adel, e os independentes Hasan Rohani e Mohamad Reza Aref, considerados reformistas moderados, e Mohamad Qarazi. Os principais opositores são Akbar Hashemi Rafsanjani e Esfandiar Rahim Mashaei, assessor de Ahmadinejad e sogro da filha dele.
Os candidatos presidenciais participaram ontem (7) do terceiro e último debate ao vivo na televisão, uma semana antes das eleições. Os temas centrais foram as questões de política externa, a segurança nacional e o programa de energia nuclear iraniano.
O debate final foi também uma oportunidade para que os candidatos tirassem algumas das principais dúvidas dos eleitores, como a liberdade de imprensa, os direitos civis e a liberdade de expressão. Os iranianos vão às urnas em mais de 66 mil locais de votação no país e há ainda a possibilidade de votar no exterior.
*Com informações da agência pública da notícias da Argentina, Telam e da emissora pública de televisão do Irã, PressTV
Edição: Andréa Quintiere