Cúpula do Mercosul adiada para agosto, após a posse do presidente eleito do Paraguai

05/06/2013 - 19h33

 

Monica Yanakiew
Correspondente da Agência Brasil/EBC

Buenos Aires - A cúpula do Mercado Comum do Sul (Mercosul), prevista para o dia 28 de junho em Montevidéu, foi adiada para agosto, depois da posse do presidente eleito do Paraguai, Horácio Cartes. Foi uma decisão política para evitar o mal-estar entre os quatro países fundadores do bloco regional (Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai) e o novo membro, Venezuela.

Se a data original fosse mantida, o Paraguai não participaria da cúpula. O país foi suspenso do bloco pela maioria dos países-membros (Brasil, Argentina e Uruguai) em junho passado, depois da destituição do então presidente do Paraguai, Fernando Lugo. Os países vizinhos questionaram a legitimidade do impeachment relâmpago, que, em 48 horas, substituiu Lugo pelo vice Federico Franco. A decisão foi reincorporar o Paraguai somente após a posse do novo presidente, eleito em abril passado.

O empresário Horácio Cartes - candidato do Partido Colorado (que votou pela destituição de Lugo no Congresso) – foi eleito no dia 21 de abril deste ano, mas só assumirá o governo em agosto. Ele foi convidado pelo presidente do Uruguai, José Pepe Mujica, para participar – como presidente eleito – da cúpula do Mercosul em junho. Mas, na primeira entrevista coletiva, depois da eleição, disse que preferia esperar a posse para não ser descortês com Franco.

Cartes declarou que quer normalizar, o quanto antes, a situação do Paraguai, tanto no Mercosul como na Unasul (União de Nações Sul-Americanas), da qual foi suspenso pelo mesmo motivo.

 

Edição: Aécio Amado

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