Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A Organização das Nações Unidas (ONU), por intermédio da porta-voz do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Cécile Pouylly, apelou hoje (4) para as autoridades da Turquia promoverem um inquérito independente para investigar as ações da polícia durante os protestos, que ocorrem desde o dia 31 no país.
O recado foi dado em nome da alta comissária da ONU, Navi Pillay. Ela pediu que o governo da Turquia conduza um inquérito “rápido, completo, independente e imparcial”. “Os responsáveis devem ser apresentados à Justiça”, disse a porta-voz. Ela pediu ainda que os manifestantes feridos tenham acesso rápido a cuidados médicos.
O primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Ergodan, admitiu que houve “erros, excessos na resposta da polícia” e se comprometeu a atuar contra os aqueles que tenham agido de forma desproporcionada.
Pelos dados divulgados na Turquia, duas pessoas morreram, o mesmo número está em estado grave e 220 ficaram feridas, inclusive policiais, em Istambul e Ancara, a capital do país.
Os protestos foram provocados pela retirada de um acampamento pacífico no Parque Gezi, em Istambul. Em seguida, manifestantes intensificaram os protestos por discordar da política do governo e exigem a demissão do atual primeiro-ministro, Recep Tayyip Erdogan. As manifestações já afetam o turismo nacional, uma das principais fontes de renda do país, fazendo cair em 30% as reservas nos hotéis.
*Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa.
Edição: Talita Cavalcante