Wellton Máximo
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A ajuda a estados afetados pela seca e os gastos com grandes eventos – Copa do Mundo, Jogos Olímpicos e Jornada Mundial da Juventude – foram os principais responsáveis pelo aumento dos gastos de custeio (despesas com a manutenção da máquina pública) em abril, disse o secretário do Tesouro Nacional , Arno Augustin. Segundo ele, esses aumentos foram pontuais e não representam a tendência para o restante do ano.
“Tivemos despesas com créditos extraordinários para estados afetados pela seca e com grandes eventos que influenciaram os gastos de custeio em abril. Só que essa não é a tendência porque esses gastos não vão se repetir ao longo do ano”, declarou o secretário.
Em abril, os gastos de custeio registraram aceleração. Nos quatro primeiros meses do ano, as despesas com a máquina pública cresceram 22,5% em relação ao mesmo período de 2012. Até março, a alta correspondia a 18,9%. Os investimentos, gastos com obras e compras de equipamentos, também aceleraram no mês passado, mas a expansão passou de 7,4% para 8,8% na mesma comparação.
Apesar da diferença no ritmo de execução, o secretário do Tesouro manteve a previsão de que os investimentos fecharão 2013 com crescimento maior que as despesas de custeio. “Os investimentos vão se recuperar nos próximos meses e vão chegar ao fim do ano crescendo mais que o custeio”, ressaltou.
Sobre a queda na previsão do repasse de dividendos das estatais para o Tesouro Nacional, o secretário disse que o governo só reduziu as estimativas porque passou a trabalhar oficialmente com a hipótese de abatimento de até R$ 45 bilhões da meta de superávit primário. O Orçamento previa que as empresas públicas poderiam repassar até R$ 34 bilhões de dividendos ao Tesouro em 2013. No entanto, no decreto de programação orçamentária divulgado no último dia 22, a estimativa passou para R$ 24 bilhões.
Edição: Fábio Massalli
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