Mais de 100 escolas de SP disputam Olimpíada Brasileira de Robótica

25/05/2013 - 14h32
Bruno Bocchini
Repórter da Agência Brasil
 
São Bernardo do Campo (SP) – Mais de 100 escolas do estado de São Paulo disputam hoje (25) a fase regional da Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR), que ocorre na Fundação Educacional Inaciana (FEI) em São Bernardo do Campo (SP). Os melhores projetos, construídos pelos estudantes de até 19 anos, serão classificados para a fase nacional da competição, que ocorrerá em outubro, em Fortaleza. Os destaques ganham a possibilidade de disputar a competição mundial de robótica, a Robocup, sediada em Eindhoven, na Holanda.
 
“O objetivo é disseminar e fomentar a robótica em nível nacional. Isso, pegando os estudantes de ensino fundamental, médio e técnico de todo país. Nossa intenção é que a meninada já tenha contato com a robótica, e que passe a ser algo natural para elas”, diz o professor de ciência da computação da FEI, e coordenador-geral da OBR e da etapa regional, Flávio Tonidandel.
 
O desafio dos alunos é criar um robô autônomo que consiga seguir uma trilha desconhecida com obstáculos, desviar de escombros e salvar uma “vítima” – representada por uma lata de refrigerante -, levando-a para uma área segura. O robô tem de ser capaz de tomar todas as decisões sozinho.
 
Segundo o professor Tonidandel, na atual edição, foram inscritas 130 escolas do estado. Historicamente, as equipes vêm 50% de escolas públicas e 50% de privadas. “A gente quebrou aquele estigma de que só quem faz robótica são as escolas privadas ou particulares. Não é bem assim”. A escola municipal de Porto Alegre, Heitor Villa-Lobos foi a escolhida na OBR de 2012 para representar o Brasil neste ano no campeonato mundial em junho, que ocorre na Holanda.
 
Pedro Peres, do Colégio Jean Piaget de Santos, tem apenas 10 anos, mas há cinco já assiste às aulas de robótica ministradas em sua escola. “Um amigo fazia robótica, só que ele mudou de escola. Mas ele me falou para experimentar, e agora já faço há um cinco anos. Não sei ainda o que fazer quando crescer, mas quero ser engenheiro”. O robô do colégio dele conseguiu completar o percurso como esperado. “Eu ajudei a desenvolver, ajudei na programação e nos testes do robô”.
 
Luís Gabriel Silva, de 14 anos, da Escola Municipal Jandira Lacerda Zanoni,  de Ourinhos (SP), disse, após a apresentação do robô da sua equipe, que estava animado com a robótica. Mas, apesar disso, não sabe ainda qual carreira seguir. “Penso em seguir na área de exatas, mas ainda é meio complicado, muito cedo de decidir o que fazer”. Na primeira tentativa de completar o percurso, o robô de Luís apresentou algumas falhas. "Houve uns probleminhas técnicos, a programação deve ter falhado em algum ponto, a gente vai fazer de tudo para recuperar o tempo perdido, e recuperar os pontos”. 
 
Edição: José Romildo