Bruno Bocchini
Repórter da Agência Brasil
São Paulo – A ministra da Cultura, Marta Suplicy, e o presidente da Fundação Bienal de São Paulo (FBSP), Luís Terepins, assinaram hoje (20) um acordo para retirar a instituição do cadastro de inadimplentes do ministério. No acordo, a Bienal reconheceu uma dívida de R$ 12,2 milhões e se comprometeu a quitar os débitos, em 60 vezes, até 2018.
Com o nome fora da lista de inadimplentes, a fundação poderá voltar a captar recursos pela lei Lei Rouanet, por exemplo. A dívida da instituição em 1999, era R$ 3,5 milhões que, corrigidos a valores de abril de 2013, está em R$ 12,2 milhões.
“Com o acordo, o Ministério da Cultura assegura a quitação das dívidas; resolve uma pendência que dura anos; propicia um evento de relevância mundial nas artes visuais; e se torna parceiro na realização da Bienal de Arte de São Paulo”, disse o ministério em nota.
Em 2012, a Bienal de São Paulo foi vista por 520 mil pessoas, sendo 60 mil estrangeiros. Na última edição, a instituição formou 40 mil educadores e foi visitada por 200 mil alunos. “Quando me falaram dessa parte, da educação, foi uma das coisas que mais me sensibilizaram. O programa educativo, o material educativo nas artes que eles têm, que é de primeiríssima, é algo que não pode não ser reconhecido como um instrumento importante para as nossas escolas”, disse a ministra após assinar o acordo.
Segundo o presidente da fundação, Luis Terepins, com o acordo, a edição número 31 da Bienal está garantida em 2014. “As pessoas não conseguem entender o alcance dessa fundação. E a importância que ela tem em São Paulo e fora do Brasil. As artes plásticas são a ponta de lança, pois vislumbra novas linguagens e novas maneiras de se traduzir uma sociedade em transformação”, declarou.
Edição: Aécio Amado
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