Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A Corte de Apelações de Santiago, capital do Chile, determinou o encerramento das investigações sobre a causa da morte do presidente Salvador Allende (1970-1973), em setembro de 1973. A pedido do Movimento do Socialismo, foi investigado se Allende foi morto por terceiros. Porém, as conclusões indicam que ele morreu no momento em que o Palácio de La Moneda, sede do governo chileno, foi atacado por aviões e tanques militares, durante o golpe de Estado.
O veredicto da Corte é que Allende tirou sua vida, indicando suicídio, no momento em que o La Moneda era bombardeado, para evitar ser pego por militares amotinados e liderados pelo general Augusto Pinochet, chefe do Estado Maior do Exército. Segundo testemunhas, Allende combateu e resistiu até a morte.
Momentos antes de sua morte, Allende fez um discurso que entrou para a história. Em tom emocionado, o então presidente lembrou que fazia parte de um governo “legitimamente constituído” e pediu à população para não aceitar as provocações dos militares. O governo militar no Chile, que durou mais de 16 anos, foi um dos mais violentos da América Latina.
A Quarta Sala de Justiça, formada por três magistrados, confirmou a decisão da Corte de Apelações de Santiago, cuja decisão foi do juiz Mario Carroza, que indicou o suicídio como causa da morte. Porém, os simpatizantes de Allende rechaçaram o fim das investigações e disseram que vão levar o caso para a Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos e outras instâncias internacionais.
*Com informações da emissora multiestatal de televisão, Telesur
Edição: Graça Adjuto