Camila Maciel
Repórter da Agência Brasil
São Paulo – O uso dos cartões de crédito e débito representou 26,4% do consumo das famílias brasileiras no ano passado, segundo levantamento divulgado hoje (23) pela Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs). Cinco anos antes, esse percentual chegava a 16,7%. A preferência pelo uso dos meios eletrônicos para pagamentos fez crescer o faturamento do setor, que chegou a R$ 724,3 bilhões, uma alta de 18% em relação ao ano anterior.
Quando considerados somente os cartões de débito, o crescimento foi maior, com 20,6%, o que representa um faturamento de R$ 244,8 bilhões. Em relação ao crédito, a alta atingiu 16,6%. Nessa modalidade, R$ 479,5 bilhões foram registrados em transações. No comércio, por exemplo, as transações com cartão de crédito e débito já representam 58% do faturamento do setor.
A entidade apontou ainda que cresceu o número de brasileiros que usam de forma adequada o cartão. Em dezembro de 2011, 29% do que os bancos iriam receber continha juros por atraso. Em 2012, esse percentual caiu para 26%.
Para o presidente da entidade, Marcelo Noronha, a expectativa é de uma participação ainda maior este ano. “Em comparação com mercados mais maduros, como os Estados Unidos, o índice chega a ser o dobro. Isso demonstra que ainda há muito espaço para esse tipo de pagamento crescer no país”, declarou. A Abecs estima um crescimento de 16,9%, com um volume de R$ 847 bilhões. Ele acredita que saúde e educação são áreas com boas perspectivas de expansão.
Aumentaram também os gastos dos brasileiros com cartão de crédito no exterior. O valor total de compras alcançou R$ 24 bilhões em 2012, um crescimento de 13,4%. Já o valor gasto por estrangeiros no país teve um acréscimo ainda maior, com 17,2%, representando R$ 9,7 bilhões.
Na comparação por região, a Sudeste concentra 62% dos valores registrados em transações de cartões de crédito, seguido pela Nordeste (16%), Sul (12%), Centro-Oeste (7%) e Norte (3%). Em relação ao crescimento no faturamento, a Região Centro-Oeste teve a maior alta, com 20,5%.
Edição: Lílian Beraldo
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