Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Os conflitos armados em alguns países africanos e a instabilidade política em determinadas regiões da África dominam as discussões hoje (23) das autoridades da Nigéria, do Senegal, da Líbia, da Costa do Marfim, da África do Sul, do Mali, da Argélia e do Marrocos. Na pauta de discussões estão julgamentos de envolvidos em atos terroristas, protestos violentos e acordos de paz entre grupos extremistas e autoridades.
O foco das atenções, é o ataque à Embaixada da França em Trípoli, na Líbia, ocorrido na manhã desta terça-feira, que deixou dois seguranças franceses feridos. O ataque, que destruiu 80% da embaixada, gerou reações do governo francês que enviou autoridades ao país para verificar a situação. O caso é tratado como terrorismo.
Na Argélia, em Argel, devem ser julgados 11 integrantes de grupos extremistas islâmicos por atos terroristas. Paralelamente, o governo do Sudão tenta negociar um acordo com os rebeldes em busca da paz. A tensão no Mali é tema de uma reunião, em Luxemburgo, da qual participam ministros europeus da Defesa.
Em Maiduguri, na Nigéria, o presidente nigeriano, Goodluck Jonathan, determinou a abertura de um inquérito sobre a atuação do Exército em confrontos com extremistas islâmicos no Norte do país. Os conflitos causaram cerca de 200 mortes.
No Senegal, na capital Dacar, está prevista uma manifestação convocada pelo Partido Democrático Senegalês, de oposição, para exigir a libertação de Karim Wade, filho e ex-ministro do ex-presidente senegalês Abdoulaye Wade (2000-2012). Karim Wade está detido em Dakar por suposto enriquecimento ilícito.
Em Abidjan, na Costa do Marfim, são aguardados para hoje os resultados das eleições locais, que ocorreram anteontem (21). As eleições foram boicotadas pelo partido do ex-presidente Laurent Gbagbo e marcadas por incidentes.
Na África do Sul, na cidade de Polokwane, deve ocorrer o julgamento de Julius Malema, ex-presidente da Liga da Juventude do ANC (partido no poder na África do Sul), acusado de corrupção e lavagem de dinheiro.
Em Casablanca, no Marrocos, dezenas de pessoas deverão ser julgadas no tribunal criminal, por denúncias de destruição de bens públicos e privados e agressão. Os acusados se envolveram em conflitos durante um jogo de futebol, no último dia 11, na cidade.
*Com informações da agência pública de notícias de Angola, Angop
Edição: Denise Griesinger