Iolando lourenço
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Os líderes partidários da Câmara não chegaram a um acordo para a votação dos principais pontos da reforma política. Apesar da decisão de alguns partidos decidirem obstruir a votação, o presidente da Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), disse que os líderes concordaram em colocar em votação a proposta de emenda à Constituição (PEC) que trata de unificar as eleições no país
De acordo com a PEC, a partir de 2022 os eleitores poderão votar no mesmo dia para os cargos no Executivo (prefeito, governador, presidente da República) e no Legislativo (vereadores, senadores, deputados estaduais e federais). Hoje, as eleições ocorrem a cada dois anos, alternando-se eleições municipais com eleições para cargos federais e estaduais.
Para ele, isso pode significar o primeiro passo para a votação da reforma política “desejada por todos os brasileiros”. Henrique Alves explicou que os demais temas ainda não estão prontos para serem votados pelo plenário.
Segundo Alves, em relação ao projeto de lei que institui o financiamento público de campanha seria necessária a aprovação de requerimento de urgência. Já na questão da PEC do fim das coligações proporcionais, será necessária a aprovação do relatório da comissão especial.
“Esst Casa tem que começar a votar a reforma política na noite de hoje (9) e tenha prosseguimento nas próximas semanas. A Câmara não pode ficar a vida inteira empurrando com a barriga a votação da reforma política”, disse Alves.
De acordo com o líder do PT, deputado José Guimarães (CE), os líderes partidários têm posições “antagônicas” em relação aos temas da reforma política. Isso, ressaltou o líder, praticamente inviabiliza qualquer votação do tema ainda hoje. “Não houve acordo no mérito [das propostas] nem nos procedimentos de votação”.
Edição: Aécio Amado
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