Luciene Cruz
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A implementação de propostas para melhoria de competitividade da economia brasileira são alguns desafios previstos para as agendas estratégicas setoriais (AES) de 19 segmentos econômicos, cujas metas devem ser implementadas até o final de 2014, segundo informou hoje (9) o presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Mauro Borges.
O documento final, que contém mais de 200 ações, será apresentado amanhã (10) no Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI), que ocorrerá às 10h, no Palácio do Planalto.
Os segmentos econômicos estão organizados em conselhos de competitividade, que organizaram o debate das agendas. Esses colegiados são integrados por representantes do governo, do setor privado e dos trabalhadores. Entre os setores beneficiados estão complexo da saúde, automotivo, construção civil, agroindústria, energias renováveis, comércio e petróleo, gás e naval.
“É uma proposta de medidas para que o governo federal, na sua alçada da atribuição, determine o responsável legal de cada área. Quem vai trabalhar é governo e iniciativa privada. Um esforço será feito não só para finalizar a área de planejamento, mas a própria implementação das medidas”, comentou Borges.
Segundo a secretária de Desenvolvimento da Produção do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Heloísa Menezes, são compromissos que podem ser atendidos até o final do atual governo, no próximo ano. “São diretrizes que se transformaram em plano de ação, que significa que temos um rumo a seguir e, mais que isso, ações previstas de compromisso ou execução”, disse.
A agenda automotiva inclui elaboração de metas compulsórias para veículos pesados e leves a serem comercializados no Brasil a partir de 2017; atualização de regulamentos e normas brasileiras sobre desempenho em ensaios de segurança de veículos com padrões internacionais; e audição e monitoramento dos produtos do regime automotivo quanto ao conteúdo nacional, entre outros.
As ações fazem parte das estratégias do Plano Brasil Maior, lançado em 2011, cujo objetivo é sustentar o crescimento econômico do país com foco na inovação e no adensamento produtivo do parque industrial brasileiro.
Para Borges, esses primeiros dois anos de programa são ainda de implementação. “Ano que vem dá para ter o primeiro esforço de uma avaliação sistêmica de resultado. Até agora, o esforço é de implementação”, disse. Ele destacou ainda que o plano é voltado para três grandes eixos: redução de custo dos fatores de produção, desenvolvimento das cadeias produtivas e fortalecimento do comércio exterior.
Edição: Davi Oliveira
Todo o conteúdo deste site está publicado sob a Licença Creative Commons Atribuição 3.0 Brasil. Para reproduzir as matérias é necessário apenas dar crédito à Agência Brasil
Fiesp atribui baixo crescimento em 2012 à perda de competitividade brasileira
Governo anuncia investimentos de R$ 56,8 bilhões para aumentar competitividade dos portos
Governo anuncia hoje novas medidas de incentivo à indústria
Governo sanciona lei que amplia o Plano Brasil Maior
Empresários consideram Plano Brasil Maior insuficiente para garantir crescimento da indústria
Mantega diz que mudança no ICMS vai melhorar a competitividade do país