Lourenço Canuto
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O governo estuda a execução de uma política para reestruturação produtiva no Semiárido nordestino, visando a "melhorar a convivência da região com o período de seca", anunciou hoje (9) o ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas. Entre outras iniciativas de apoio à região estão previstos o fornecimento de sementes e a oferta de linha de crédito subsidiada para recuperação do rebanho.
Segundo ele, o programa deverá ser implantado "assim que as chuvas chegarem ao Semiárido". Para a formatação da política, o ministro informou que estão sendo ouvidos os governadores do Nordeste, os secretários estaduais de Agricultura, entidades ligadas aos produtores, como a Confederação Nacional dos Trabalhadores da Agricultura (Contag), os movimentos dos pequenos agricultores, trabalhadores sem terra, universidades e centros de pesquisa.
Pepe Vargas deu as informações em entrevista ao programa Bom Dia, Ministro, produzido pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, em parceria com a Empresa Brasil de Comunicação (EBC). Segundo ele, em alguns dias, ocorrerá uma reunião na Embrapa Semiárido, em Petrolina (PE), para discutir com os agricultores a política de reestruturação produtiva.
Segundo o ministro, "enquanto a chuva não chega", prossegue a execução de políticas emergenciais para minorar os problemas provocados pela seca. Estão sendo feitas perfurações de poços, obras em barragens adutoras e a transposição de bacias hidrográficas, área em que o governo está investindo R$ 30 bilhões. De acordo com Vargas, só nas obras de transposição do Rio São Francisco, foram gerados mais de 4 mil empregos.
O ministro disse que o período de seca no Nordeste apresenta ciclo de 11 anos para dois anos de chuvas. Segundo ele, a expectativa é que 2014 já seja "um ano bom para os agricultores". As medidas emergenciais em andamento para garantia da safra – como a concessão de Bolsa Estiagem, operações com carro-pipa e oferta de linhas de crédito emergenciais para a agricultura, o comércio e a indústria na região – resultam atualmente de investimentos de R$ 2,75 bilhões, incluindo a renegociação de dívidas e prorrogação de parcelas.
Edição: Juliana Andrade
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