Pressionado, Feliciano desiste de ir à Bolívia

04/04/2013 - 19h32

Iolando Lourenço*
Repórter da Agência Brasil
 

Brasília – Pouco mais de 24 horas após a Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados aprovar requerimento para que uma comitiva vá à Bolívia para averiguar a situação de 12 torcedores corintianos que estão presos desde fevereiro na cidade boliviana de Oruro, o presidente do colegiado, Pastor Marco Feliciano (PSC-SP), decidiu adiar a viagem, prevista para a próxima semana.

Os torcedores são acusados de envolvimento na morte do estudante boliviano Kevin Espada, de 14 anos, atingido por um sinalizador disparado durante partida de futebol válida pela Copa Libertadores da América.

Segundo a assessoria de Feliciano, a viagem foi adiada porque outra comitiva de deputados seguiu hoje (4) para a Bolívia com o mesmo propósito. De acordo com a assessoria, Feliciano decidiu aguardar o retorno do primeiro grupo de parlamentares da Bolívia e analisar o relatório deles sobre a situação dos torcedores brasileiros para decidir se fará a viagem.

De manhã, Feliciano telefonou para o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), que está em Natal, recuperando-se de uma cirurgia, para informar que comparecerá à reunião do Colégio de Líderes, na próxima terça-feira (9). No encontro, os líderes partidários tentarão convencer o deputado a renunciar à presidência da Comissão de Direitos Humanos.

Ontem (3), depois de reunião da comissão na qual foi proibida a entrada de manifestantes,  o pastor disse que está sensível aos apelos dos líderes, desde que não peçam para ele renunciar.

A assessoria de Alves confirmou o telefonema de Feliciano e disse que, nesse diálogo, o presidente da comissão manifestou intenção de desistir da viagem à Bolívia.

*Colaborou Ivan Richard
Edição: Nádia Franco

Todo o conteúdo deste site está publicado sob a Licença Creative Commons Atribuição 3.0 Brasil. Para reproduzir o material é necessário apenas dar crédito à Agência Brasil