Luciene Cruz
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O presidente da Eletrobras, José da Costa, culpou a Lei 12.783/13 pelo resultado negativo da empresa em 2012, que teve prejuízo de R$ 6,8 bilhões. Segundo ele, o saldo foi “severamente impactado” pelos lançamentos decorrentes da nova lei, que prevê prorrogação das concessões elétricas.
Para reverter o prejuízo, ele defendeu a redução dos gastos, a reestruturação dos processos empresarias e a otimização dos esforços entre as empresas. “Nossa história está aí para mostrar que os desafios são também uma importante fonte de energia. E os [desafios] que enfrentamos agora nos servirão, certamente, para acelerar as melhorias que já vínhamos perseguindo, na construção de uma empresa cada vez mais eficiente e de um Brasil cada vez mais sustentável”, assegurou.
Segundo os cálculos da estatal, sem os efeitos da lei, o resultado consolidado seria positivo em R$ 3,2 bilhões, no ano passado. Além disso, caso não fossem computados alguns fatores não recorrentes, como a usina de Jirau, que teve atrasos nas obras e não entrou em operação, o lucro seria R$ 5,9 bilhões em 2012. “Na operação normal do ano, a perfomance foi relativamente boa. Se não [fosse] a nova lei, teríamos tido lucro”, disse o presidente da estatal.
Mesmo com o resultado negativo, Costa acredita que devido as desafios enfrentados no ano passado, a companhia deve primar pela eficiência e “procurar, dentro do espaço legal, reverter todas as provisões regulatórias”.
O presidente destacou que em 2012, foram investidos R$ 9,9 bilhões, dos quais R$ 5,3 bilhões em geração, R$ 3 bilhões em transmissão, R$ 1 bilhão em distribuição e R$ 600 milhões em pesquisa, infraestrutura e qualidade ambiental. Segundo dados apresentados pela Eletrobras, a estatal agregou 712 megawatts em geração de energia e 900 quilômetros de linhas de transmissão.
Edição: Tereza Barbosa
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