Ivan Richard
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A bancada do PSC reúne-se hoje (12) para fazer uma avaliação do impacto das manifestações contra e a favor da eleição de um de seus filiados, o deputado Pastor Marco Feliciano (SP), para presidente da Comissão de Diretos Humanos e Minorias (CDH) da Câmara. O deputado é acusado de homofobia e racismo.
“Vamos discutir aquilo que está sendo colocado na sociedade. Os posicionamentos contrários e favoráveis. Se um partido como o nosso, que tem recebido manifestações favoráveis e contrárias, não sentar para discutir e fazer uma avaliação delas, então, não é um partido que pensa naquilo que deve adotar como política”, disse o líder do partido, André Moura (SE).
Perguntado se o partido poderia substituir Feliciano, o líder do PSC não foi claro. “A princípio, [a reunião] é para uma avaliação de todo o quadro, para que possamos fazer uma análise do que está sendo colocado como favorável e contrário. E respeitamos todas as manifestações.”
Hoje, deputados defensores dos diretos dos homossexuais e dos negros reuniram-se para definir uma estratégia que possa reverter a a eleição de Marco Feliciano para a presidência da comissão. Eles vão entrar com mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal questionando a decisão do presidente da Casa, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), de convocar uma reunião fechada para eleição do presidente da CDH.
Segundo esse grupo de deputados, a decisão do presidente da Casa fere o regimento, porque apenas o presidente da comissão poderia fazer esse tipo de convocação.
Na Câmara, eles pretendem tentar convencer o PSC a rever a indicação e levar o assunto ao colégio de líderes. Também está em estudo a apresentação de uma representação contra Marco Feliciano na Corregedoria. Caso nenhuma dessas medidas tenha efeito, o grupo de parlamentares disse que vai tentar criar uma comissão de direitos humanos paralela.
Edição: Nádia Franco
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