Bruno Bocchini
Repórter da Agência Brasil
São Paulo – As taxas de juros médias para pessoas físicas e jurídicas registradas em fevereiro foram as menores da série histórica, iniciada em 1995. Os dados, divulgados hoje (12), são da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac).
Para pessoa física, a taxa de juros média geral apresentou uma redução de 0,01 ponto percentual em fevereiro, passando de 5,43% ao mês em janeiro para 5,42% ao mês em fevereiro, a menor da série histórica.
A taxa de juros média geral para pessoa jurídica, por sua vez, apresentou uma diminuição de 0,01 ponto percentual, passando 3,07% ao mês em janeiro para 3,06% ao mês em fevereiro, também a mais baixa da série histórica.
Foram pesquisadas seis linhas de crédito para pessoa física. Os juros do comércio, por exemplo, tiveram uma elevação de 0,02 ponto percentual, passando de 4% em janeiro para 4,02% ao mês em fevereiro.
Também para pessoa física, a taxa do cartão de crédito se manteve estável em 9,37% ao mês, a menor da série histórica; o cheque especial teve redução de 0,02 ponto percentual, passando de 7,77% ao mês em janeiro para 7,75% ao mês em fevereiro, a mais baixa desde fevereiro de 2011; e o financiamento de automóveis feito por bancos manteve-se estável em 1,54% ao mês.
O empréstimo pessoal feito por bancos caiu de 2,93% para 2,92%, também a menor da série histórica; e empréstimo pessoal feito por financeiras diminuiu de 6,96% ao mês em janeiro para 6,94%, a taxa mais baixa desde 1995.
Para as pessoas jurídicas, foram pesquisadas três linhas de crédito. A taxa para capital de giro teve uma elevação de 0,06 ponto percentual, passando de 1,45% ao mês em janeiro para 1,51% em fevereiro, a maior desde novembro de 2012.
Por sua vez, a taxa para desconto de duplicata teve redução de 0,04 ponto percentual, passando de 2,22% para 2,18% ao mês, a menor desde 1999. O custo da conta garantida caiu de 5,55% para 5,50%, a menor desde fevereiro de 2011.
A Anefac estima que as taxas voltem a ser reduzidas nos próximos meses, “por conta da melhora da economia, pela maior competição no sistema financeiro após os bancos públicos promoverem redução das taxas de juros, bem como pela expectativa de redução dos índices de inadimplência”, segundo o diretor executivo e coordenador de estudos econômicos, Miguel José Ribeiro de Oliveira.
Edição: Davi Oliveira
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