Yara Aquino
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Em palestra hoje (27), o diretor executivo da Fundação Lemann, Denis Mizne, defendeu formação acadêmica dos professores menos teórica e com enfoque em preparar o docente para lidar com os desafios do dia a dia na sala de aula.
“O professor tem que aprender a lidar com com aquele aluno mais tímido, planejar uma boa aula, e nossa academia está muito preocupada em ensinar a história da educação. A formação tem que ajudá-lo a lidar com a sala de aula, como ensinar os conteúdos, como usar as novas tecnologias”, disse Mizne, na palestra promovida pela Frente Parlamentar da Educação, da Câmara dos Deputados. A Fundação Lemann é uma organização sem fins lucrativos, criada em 2002, que busca inevstir em projetos inovadores para melhorar e garantir o aprendizado dos alunos no Brasil.
A secretária de Educação de Londrina, no Paraná, Janet Thomas, observou que um desafio dos professores é ensinar pensando no futuro com paradigmas do passado, que ainda não incorporaram as novas tecnologias. “O paradigma da sala de aula tem que mudar. O existente não funciona mais e não sabemos a que paradigma chegar”.
O uso da tecnologia em sala de aula também foi tema das discussões. Deputados manifestaram preocupação com o papel do professor diante da utilização de recursos como computadores em sala e videoaulas. Segundo o diretor executivo da Fundação Lemann, a tecnologia vem para apoiar o professor, que pode reduzir o tempo gasto com exposição de conteúdo e ampliar a interação com os alunos. Isso permitirá, na avaliação de Denis Mizne, individualizar o ensino.
A estimativa de Mizne é que, nos próximos anos, o custo de usar a tecnologia em sala de aula será menor que a compra de livros didáticos. O governo federal investiu mais de R$ 1 bilhão na compra de obras didáticas para 42 milhões de estudantes da rede pública de ensino básico do país para este ano letivo, de acordo com dados do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).
Edição: Carolina Pimentel
Todo o conteúdo deste site está publicado sob a Licença Creative Commons Atribuição 3.0 Brasil. Para reproduzir as matérias é necessário apenas dar crédito à Agência Brasil