Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O ex-senador Chuck Hagel, de 66 anos, será o novo ministro da Defesa dos Estados Unidos. O Senado norte-americano aprovou ontem (26) o nome dele por 58 votos favoráveis e 41 contrários. A indicação sofreu resistências por parte dos republicanos porque, durante o governo do então presidente George W. Bush, Hagel fez críticas, inclusive, à política bélica do país.
Durante o processo de discussão sobre a escolha de Chuck Hagel, os republicanos pediram informações à Casa Branca sobre o ataque ao consulado dos Estados Unidos na cidade líbia de Benghazi, no qual morreram quatro norte-americanos, entre eles o embaixador Chris Stevens. O pedido atrasou o processo de discussão.
Os críticos de Hagel, como os senadores pelo estado do Arizona, John McCain, candidato presidencial republicano derrotado nas eleições de 2008, e Lindsey Graham (do estado da Carolina do Sul) disseram que ele não está preparado para ocupar o Ministério da Defesa.
Senador pelo estado do Oklahoma, James Inhofe também se opôs à nomeação de Hagel por desconfiar da forma como ele conduzirá a polêmica em torno do programa nuclear iraniano – que provoca suspeitas de fabricação de armas. No passado, Hagel votou contra o aumento das sanções ao Irã.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e o vice-presidente Joe Biden elogiaram a aprovação do nome de Hagel pelo Senado, destacando seu compromisso e sua liderança militar. Obama e Biden emitiram comunicados, divulgados pela Casa Branca.
Obama disse que Hagel é um "patriota norte-americano que lutou e sangrou" pelos Estados Unidos, um líder que entende as "obrigações sagradas" do país com o corpo militar. Biden lembrou dos tempos em que conviveu com Hagel no Senado. Para o vice-presidente, são claros o talento e a dedicação do novo ministro da Defesa.
*Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa // Edição: Juliana Andrade