Camila Maciel
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - Pelo menos 330 pessoas ainda estão desabrigadas em Cubatão, na Baixada Santista, em decorrência da forte chuva que atingiu o município na última sexta-feira (22). A maioria delas foi levada para o Centro Esportivo Castelão, onde recebe atendimento da prefeitura. A situação no município levou o governo municipal a decretar estado de emergência no sábado (23).
Além das pessoas que perderam a moradia, mais de 1,5 mil estão recebendo assistência, como doações e atendimento psicológico, por terem sido impactadas de alguma forma pelo temporal. De acordo com a Coordenadoria de Defesa Civil de Cubatão (Comdec), até as 20h18 de ontem, o nível acumulado de chuva chegava a 2,2 milímetros nas últimas 24 horas e a 203,8 milímetros nas últimas 84 horas.
Segundo o último relatório da Defesa Civil, foram registradas 39 ocorrências no município, entre deslizamentos de terra e casas que tiveram paredes e teto destruídos. O órgão informou ainda que o bairro Água Fria foi o que sofreu as piores consequências. O Rio Pilões, que corta o bairro, transbordou e destruiu diversas casas. O nível da água nas casas atingiu cerca de dois metros de altura. Uma parte da Ponte Preta, que liga o bairro dos Pilões a Água Fria, desabou.
As chuvas fortes da última sexta-feira também provocaram deslizamento de terra na Rodovia dos Imigrantes, que liga a capital à Baixada Santista. A queda de barreira matou uma pessoa e atingiu 24 veículos na tarde da última sexta-feira (22). A via ficou bloqueada por mais de 30 horas, sendo liberada à meia-noite de sábado (23). Em nota, o governo de São Paulo disse que os deslizamentos e alagamentos que afetaram o Sistema Anchieta-Imigrantes foram causados por um volume de chuva três vezes superior à média.
Edição: Lílian Beraldo
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