Obama relaciona retração do PIB a "más decisões" do Congresso

02/02/2013 - 13h16

 
Da Agência Lusa

Washington (Lusa) – O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse hoje (2) que o retrocesso do Produto Interno Bruto (PIB) no quarto trimestre dos 2012 sinaliza que “as más decisões tomadas em Washington” podem ameaçar a recuperação econômica do país.

Em seu programa semanal de rádio, o presidente norte-americano lembrou que esta semana o governo recebeu a primeira estimativa de crescimento econômico do país. A projeção se refere ao quarto trimestre e indica uma retração do PIB de 0,1%. “Isso nos fez relembrar que as más decisões tomadas em Washington podem entorpecer o caminho do nosso progresso econômico”, disse Obama.

“Iniciamos o ano com os economistas afirmando que estamos posicionados para crescer em 2013 e há verdadeiros indicadores de que estamos progredindo”, ressaltou. Segundo ele, os preços das casas voltaram a subir e as vendas dos automóveis se encontram no nível mais alto do últimos cinco anos.

As negociações sobre o déficit orçamentário estão em andamento com o Parlamento. No momento, o governo tenta um acordo com os deputados para estabelecer um plano de consolidação orçamentária que evite a aplicação de duros cortes na despesa pública. “Nas próximas semanas tomaremos decisões importantes sobre como reduzir a nossa dívida de uma forma que fomente a nossa economia e crie bons empregos” destacou Obama. Ele acrescentou que as decisões a serem tomadas “marcarão uma verdadeira diferença na solidez e no ritmo da nossa recuperação”.

O presidente da maior economia do mundo admitiu ainda a necessidade de o país continuar a cortar “gastos desnecessários”. Ao mesmo tempo, frisou a necessidade de se evitar cortes “no caminho da prosperidade”, em numa crítica aos republicanos que insistem em se opor a qualquer aumento da despesa pública.

“Não funcionou no passado e muito menos irá funcionar agora. [As medidas defendidas pelos republicanos] poderiam significar o atraso da nossa recuperação. Poderiam debilitar a nossa economia e custar empregos, tanto agora como no futuro”, sustentou Obama.

O Senado americano, de maioria democrata, aprovou esta semana uma medida que autoriza o governo, até o dia 19 de maio, a ultrapassar o limite de endividamento, dando três meses de prazo para um acordo de redução do déficit.