Não faltarão recursos para municípios que queiram combater o crack, diz Ministério da Saúde

30/01/2013 - 18h45

Aline Leal
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O secretário de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, Helvécio Miranda, disse aos prefeitos que não faltarão recursos para os municípios que queiram combater o crack. Durante o  Encontro Nacional com Novos Prefeitos e Prefeitas, que começou na segunda-feira (28) e termina hoje (30), o secretário disse que o Programa Crack, É Possível Vencer está no centro das ações do governo.

Até agora, 14 estados brasileiros aderiram ao programa, que foi lançado no final de 2011 e tem um orçamento de R$ 4 bilhões até 2014, para ser usado na aquisição de equipamentos, na disponibilização de leitos hospitalares, na implantação de centros de Atenção Psicossocial (CAPs) 24 horas, entre outros investimentos.

A ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, disse que uma das principais dificuldades enfrentadas pelos municípios é a falta de integração entre as áreas envolvidas no combate ao crack, como educação,  saúde e segurança. A ministra disse que os estados restantes e cidades com mais de 200 mil habitantes devem aderir ao programa ainda este ano. A partir da adesão, eles devem receber os recursos e equipamentos necessários.

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, acentuou a diferenciação que deve ser feita entre usuário e traficante. “Para o traficante, ação policial; para o usuário, tratamento, reinserção”, disse. O ministro disse que armas menos letais, os teasers (que emitem choque elétrico), devem ser distribuídas pelo programa ainda no primeiro semestre de 2013 aos estados que aderiram.

Tereza Campello, ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, disse que o programa deve pensar no antes e no depois da internação, dando suporte também às famílias dos usuários. “Se o paciente voltar para a rua, ele volta para o crack”.

Prevenção, cuidado e autoridade são os três eixos temáticos do programa, que também visa a reduzir a oferta de drogas ilícitas por meio do enfrentamento ao tráfico e às organizações criminosas. Os estados que aderirem ao programa devem passar por oficinas de alinhamento conceitual das equipes locais, implementar os serviços e equipamentos pactuados e depois monitorar a execução do programa.

Edição: Fábio Massalli

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