Nielmar de Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Os órgãos envolvidos na preparação dos principais eventos que ocorrerão no Rio de Janeiro nos próximos anos – Copa das Confederações, Copa do Mundo, Jogos Olímpicos e Paralímpicos - evitaram se estender sobre as providências que vêm sendo tomadas para garantir a segurança do público para evitar, por exemplo, tragédias como a que aconteceu em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, onde mais de 230 jovens morreram em consequência de um incêndio na Boate Kiss.
A Empresa de Obras Públicas do Estado do Rio de Janeiro (Emop), responsável pela execução das obras de adequação e reforma do Complexo do Maracanã para a Copa das Confederações, este ano, e para a Copa do Mundo de 2014, limitou-se à divulgação de uma nota à Agência Brasil em que diz que a execução das obras seguem “recomendações da Fifa”.
Segundo a nota, as mais importantes são as que dispõem sobre acessibilidade, visibilidade, conforto e segurança. “Esta última questão foi muito detalhada, para possibilitar a saída de todo o público do estádio em até oito minutos e meio. Para isso, foram construídas mais quatro rampas de acesso [além da recuperação das duas existentes], instalados novos elevadores e escadas rolantes, e ampliados vomitórios [acessos numerados por onde o torcedor deve passar até seu assento, e outros acessos e que podem ser utilizados também na necessidade de uma evacuação de emergência]”.
A Emop ressalta que, por meio de uma sala de controle, todo o movimento no estádio será controlado eletronicamente, detectando qualquer incidente em todo o complexo.
Não menos sucinta foi também a nota divulgada pela Empresa Olímpica Municipal (EOM) em resposta à solicitação da Agência Brasil. Nela, a EOM informa que o Dossiê de Candidatura do Rio estabelecia normas de segurança para a construção das instalações esportivas dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos e que estas normas estão sendo seguidas no desenvolvimento dos projetos de responsabilidade da prefeitura.
“Estão sendo adotadas medidas de prevenção que incluem a utilização de materiais resistentes ao fogo, instalação de equipamentos para detecção e controle de incêndios e o desenho de sistemas de acesso e saídas de emergência”, informou a nota.
O comunicado ressalta que o desenvolvimento dos projetos “está sendo acompanhado passo a passo por representantes do Corpo de Bombeiros e as instalações seguirão as normas estabelecidas pela corporação."
A Secretaria de Segurança Publica informou à Agência Brasil que caberá ao governo do estado garantir apenas a segurança externa dos eventos e também a circulação do público pelos diversos pontos turísticos do estado. Segundo a assessoria da Secretaria de Segurança, caberá à Polícia Federal, à Força Nacional de Segurança e aos órgãos responsáveis pelos eventos – com a contratação de seguranças particulares – garantir a tranquilidade no interior dos eventos.
Até o fechamento desta matéria, a Defesa Civil do Estado não havia respondido à solicitação da Agência Brasil. Por e-mail, no entanto, o órgão informou que a demanda estava sendo providenciada.
Edição: Fábio Massalli
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