Marli Moreira
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - Os metalúrgicos de uma das oito fábricas da General Motors, em São José dos Campos, no Vale do Paraíba, decidem amanhã (28), em assembleias que serão feitas a cada início de turno, se aprovam ou não o acordo fechado ontem (26) entre as lideranças do sindicato da categoria e representantes da montadora, após mais de nove horas de negociação.
A GM voltou atrás na intenção de desativar completamente a MVA (Montagem de Veículos Automotores) e se comprometeu a investir R$ 500 milhões nas áreas de produção da pick-up S10, de motores e transmissão, além da estamparia. Ainda pelo acordo, metade do quadro de pessoal que era considerado excedente (750 trabalhadores) poderá ser absorvida nas atividades de montagem do modelo Classic, com garantia de estabilidade pelo menos até o fim deste ano.
Também será prorrogado o sistema layoff para os 779 metalúrgicos que estão nessa condição. Ou seja, esses empregados ficam com o contrato de trabalho suspenso temporariamente, mas continuam a receber os seus salários, sendo parte dos ganhos pagos com recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). Se ao final desse período houver desligamentos, os demitidos irão receber o valor de uma multa de três salários-base.
Segundo nota do sindicato, caso a proposta seja aprovada, os metalúrgicos da unidade onde é produzido o Classic entram em férias coletivas a partir de terça-feira (29) e vão permanecer fora até o dia 14 de fevereiro, período em que a GM irá repor peças e preparar o local para a retomada da produção.
Entre os 16 itens do acordo fechado ontem (26), constam rodadas de negociação sobre a antecipação da aposentadoria para aqueles trabalhadores que estão próximos de completar o tempo para se aposentar. Além disso, foi definido novo piso salarial para os setores de produção de componentes (powertrain, estamparia e plástico), que passa a ser R$ 1.800.
Edição: Graça Adjuto
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