Jorge Wamburg
Repórter da Agência Brasil
Brasília - As datas de leitura dos relógios são distribuídas ao longo do mês e, por isso, os consumidores só perceberão integralmente a redução do preço da energia elétrica – determinada pelo governo – após um ciclo completo de cobrança com as novas tarifas. Isso porque, dependendo da data de vencimento da conta, parte do consumo será medido segundo a tarifa antiga e outra parte de acordo com a tarifa reduzida, no primeiro mês de vigência das novas medidas.
A explicação foi dada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a propósito da redução nas contas de energia que começa a vigorar já este mês. Assim, como as novas tarifas valem a partir do dia 24 de janeiro, um consumidor que tem sua leitura feita no dia 10 de fevereiro, teria, nesse mesmo mês, metade de sua energia faturada pela tarifa antiga e a outra metade, pela nova tarifa. A partir de 25 de fevereiro, todas as contas já perceberão os benefícios completos da tarifa reduzida.
A redução é resultado da Lei 12.783/2013, que promoveu a renovação das concessões de transmissão e geração de energia que venciam até 2017, e das medidas provisórias 591/2012 e 605/2013. O efeito médio da redução ficará em 20,2%. Para os consumidores residenciais, a redução mínima chegará a 18%. Para os consumidores de alta tensão, o desconto pode alcançar 32%.
O efeito dessa diminuição será uma mudança permanente no nível das tarifas, pois retira definitivamente custos que compunham as tarifas anteriores, segundo a Aneel, que estabelece uma tarifa diferente para cada distribuidora, em função das peculiaridades de cada concessão.
Confira, na tabela abaixo da Aneel, a redução percentual para os consumidores de baixa tensão (por exemplo, residências).
Concessionária |
Redução B1 (Baixa Tensão) |
AES SUL |
23,62% |
AMAZONAS |
18,22% |
AMPLA |
18,00% |
BANDEIRANTE |
18,08% |
BOA VISTA |
18,14% |
CAIUA |
18,08% |
CEA |
18,04% |
CEAL |
18,00% |
CEB |
18,11% |
CEEE |
18,13% |
CELESC |
18,48% |
CELG |
18,00% |
CELPA |
18,83% |
CELPE |
18,04% |
CELTINS |
18,20% |
CEMAR |
18,00% |
CEMAT |
19,29% |
CEMIG |
18,14% |
CEPISA |
18,00% |
CERON |
18,00% |
CERR |
18,04% |
CFLM |
20,92% |
CFLO |
18,00% |
CHESP |
18,01% |
CJE |
18,34% |
CLFSC |
19,66% |
CNEE |
19,69% |
COCEL |
18,41% |
COELBA |
18,96% |
COELCE |
18,05% |
COOPERALIANÇA |
18,01% |
COPEL |
18,12% |
COSERN |
18,00% |
CPEE |
23,38% |
CPFL PAULISTA |
18,07% |
CPFL PIRATININGA |
18,39% |
CSPE |
18,01% |
DEMEI |
18,36% |
DMED |
18,08% |
EBO |
18,00% |
EDEVP |
18,16% |
EEB |
18,65% |
EFLUL |
18,17% |
ELEKTRO |
18,47% |
ELETROACRE |
18,01% |
ELETROCAR |
18,07% |
ELETROPAULO |
18,25% |
ELFJC |
18,04% |
ELFSM |
18,97% |
EMG |
18,14% |
ENERSUL |
18,24% |
ENF |
18,07% |
EPB |
18,01% |
ESCELSA |
18,01% |
ESE |
18,00% |
FORCEL |
18,01% |
HIDROPAN |
18,50% |
IGUACU |
18,11% |
LIGHT |
18,10% |
MUXFELDT |
18,55% |
RGE |
22,00% |
SULGIPE |
18,33% |
UHENPAL |
25,94% |
Edição: Talita Cavalcante
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