Thais Leitão*
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O vice-presidente venezuelano, Nicolás Maduro, está mais uma vez em Havana, Cuba, para visitar o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, internado há quase dois meses para tratamento de combate ao câncer. Maduro informou que discutirá com Chávez um “conjunto de temas” sobre o país para tomada de decisões de governo.
Maduro viajou acompanhado do ministro de Energia e Petróleo da Venezuela, Rafael Ramírez. Depois de visitar Chávez, o vice viajará a Santiago do Chile para participar da cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) e da União Europeia, no fim de semana, juntamente com o ministro das Relações Exteriores, Elias Jaua, que também está em Cuba.
Jaua, que foi nomeado para o cargo este mês, chegou a Cuba na segunda-feira (21). Ele relatou ter tido um encontro com Chávez no qual foram tomadas decisões sobre a participação da Venezuela na cúpula e feitas consultas sobre temas de política exterior. Jaua disse que o presidente venezuelano sorriu e brincou.
O presidente venezuelano também recebeu, esta semana, a visita de seu irmão Argenis Chávez, que preside a empresa de energia elétrica venezuelana Corpoelec. Na ocasião, ele disse que a decisão sobre o retorno de Hugo Chávez à Venezuela está nas mãos da equipe médica que o acompanha. O irmão enfatizou que as informações sobre a saúde do presidente venezuelano têm sido transmitidas por autoridades do país, por meio de comunicados oficiais.
Hugo Chávez, de 58 anos, não é visto em público desde o começo de dezembro, e a oposição cobra um pronunciamento e a divulgação de imagens recentes do presidente. A oposição venezuelana também levanta dúvidas sobre a legalidade de mantê-lo no poder e pediu à Organização dos Estados Americanos (OEA) a convocação do Conselho Permanente para avaliar a situação institucional no país.
O quarto mandato consecutivo do presidente foi iniciado no dia 10 de janeiro, mas Chávez ficou impossibilitado de participar da cerimônia de posse. O Tribunal Supremo de Justiça, instância constitucional da Venezuela, definiu que havia continuidade administrativa no país, por se tratar de uma reeleição, permitindo a continuidade do mandato, com Maduro exercendo a presidência interina.
*Com informações da agência pública de notícias da Argentina, Telam
Edição: Davi Oliveira