Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O grupo extremista, cujas traduções do nome variam entre Assinantes pelo Sangue, Luta contra o Sangue e Capuzes – comandado pelo argelino Mokhtar Belmokhtar, expulso da Al Qaeda do Magrebe Islâmico – assumiu a autoria do sequestro coletivo na Argélia, ameaça atacar os países que apoiam o combate à ação contra os grupos extremistas.
A ameaça, divulgada pela agência de notícias da Maritânia denominada ANI, dirige-se ao governo da França. Os franceses lideram a ofensiva
no Mali contra os extremistas que ocupam o Norte do país e nove nações apoiam a ação.
"Prometemos mais operações nos países que participaram na cruzada contra Azawad [no Norte do Mali], se não mudarem sua decisão", disse
em comunicado o grupo liderado por Belmokhtar. No texto, os extremistas destacam os "irmãos muçulmanos" e a "necessidade de abandonarem os locais dirigidos por empresas estrangeiras, especialmente francesas, para pouparem suas vidas".
Na semana passada, o grupo atacou um campo de exploração de gás, em In Amenas, na fronteira entre a Argélia e a Líbia, e fez estrangeiros
reféns. Ao final da operação, segundo o governo argelino, no total foram mortos 23 reféns argelinos e estrangeiros e 32 sequestradores.
Os grupos extremistas islâmicos, que representam três comandos distintos, ocupam o Norte do Mali, enquanto o governo tem o controle
do Sul do país. A população se queixa da insegurança e das pressões por parte dos extremistas que aplicam a sharia, que é a aplicação dos
preceitos islâmicos no cotidiano.
*Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa.
Edição: Talita Cavacante