Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O programa nuclear do Irã é tema de uma reunião, no final do mês, em Istambul, na Turquia, entre autoridades iranianas e do grupo denominado P5+1 ( Rússia, China, França, Reino Unido, França, Estados Unidos e Alemanha). A ideia é buscar um acordo sobre o impasse que envolve o programa. O programa nuclear iraniano é alvo de suspeitas de parte da comunidade internacional porque há denúncias de produção de armas.
As autoridades iranianas negam as irregularidades e dizem que o programa tem fins pacíficos. A última rodada das negociações ocorreu em junho de 2012. Segundo o vice-chanceler da Rússia, Sergei Ryabkov, há esforços para organizar um cronograma de reuniões para as negociações em busca de resultados. O governo da Rússia é um dos principais aliados do Irã e apoia o país a ter um programa nuclear próprio.
No dia 4, o secretário do Conselho Supremo de Segurança Nacional do Irã, Saeed Jalili, elogiou a retomada das reuniões com o P5+1. De acordo com ele, o Irã é signatário do Tratado de Não Proliferação Nuclear e membro da Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea) e, portanto, tem direito de desenvolver e adquirir tecnologia nuclear para fins pacíficos.
As suspeitas sobre o programa nuclear iraniano levaram à adoção, pela Organização das Nações Unidas (ONU) e por parte da comunidade internacional, a pôr em prática sanções econômicas, financeiras, comerciais e militares ao Irã. O ministro de Minas, Indústria e Comércio do Irã, Mehdi Ghazanfari, disse que as sanções tentam paralisar a economia do país.
"O objetivo das sanções [anti-Irã] é paralisar a nossa economia e colocar as pessoas sob pressão e em perigo", queixou-se Ghazanfari.
*Com informações da emissora estatal de televisão do Irã, PressTV.
Edição: Talita Cavalcante