Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A crise da Síria, que dura 21 meses e matou mais de 60 mil pessoas, é tema de reunião marcada para hoje (11) em Genebra, Suíça, entre o emissário especial das Organização das Nações Unidas (ONU) e da Liga Árabe ao país, Lakhdar Brahimi, o subsecretário de Estado norte-americano, William Burns, e o vice-chanceler da Rússia, Mikhail Bogdanov.
O encontro ocorre depois de o governo sírio ter criticado a atuação do emissário. Antes da reunião de hoje, houve uma prévia que englobou representantes da ONU e da Liga Árabe, além da União Europeia, da China, dos Estados Unidos, da França, do Reino Unido, da Rússia, da Turquia, do Iraque, do Kuwait e do Catar.
O governo da Síria manifestou indignação com declarações de Brahimi. Em uma entrevista, o emissário disse que o plano de saída para a crise, apresentado pelo presidente sírio, Bashar Al Assad, era "ainda mais sectário e parcial" do que os governantes. O plano de Assad foi criticado por líderes ocidentais, principalmente europeus e o norte-americano, Barack Obama.
"As declarações de Lakhdar Brahimi mostram sua parcialidade flagrante a favor dos círculos [que conspiram] contra a Síria e o povo sírio", disse Al Watan, do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Síria.
O ministro dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido, William Hague, disse que, se a situação na Síria for agravada, a resposta da comunidade internacional deve ser revista. Segundo ele, as autoridades britânicas defendem que o embargo de armas seja alterado para permitir o fornecimento para a oposição. As sanções da União Europeia à Síria serão analisadas em 1º de março.
O ministro dos Negócios Estrangeiros do Irã, Ali Akbar Salehi, apelou para que os países evitem qualquer intervenção estrangeira.
*Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa // Edição: Juliana Andrade