Agência Brasil

Rio de Janeiro - O menino de 10 anos atropelado na manhã de hoje (10) na Avenida Brasil, altura da comunidade de Nova Holanda, durante ação de combate ao crack, foi identificado por um tio que compareceu ao Instituto Médico Legal (IML). A criança atravessou a pista para fugir de equipe da prefeitura do Rio que recolhia dependentes da droga.

Em nota, a Secretaria Municipal de Assistência Social (SMAS), informou que o menino se chama Rafael, residia na Vila Cruzeiro, zona norte do Rio, e estava há nove dias fora de casa. Segundo disse o tio, o pai da vítima faleceu e a mãe também é usuária de drogas.

De acordo com a SMAS, a operação, que começou às 4 horas da manhã, foi suspensa após o atropelamento. Segundo o órgão, um irmão da vítima, de 14 anos, disse que esteve ontem (9) na cracolândia - local onde viciados se reúnem para consumir a droga - para tentar convencer Rafael a voltar para casa.
 
A SMAS esclareceu na nota que está prestando auxílio psicológico aos familiares, pois eles vivem em situação de extrema pobreza e não dispõem de recursos financeiros para o funeral.

Segundo informações da 21° Delegacia Policial, de Bonsucesso, que investiga o caso, equipes estão nas ruas em busca de informações que levem ao motorista atropelador.

A prefeitura do Rio, por meio da SMAS, vem atuando desde 31 de março de 2011 em operações conjuntas com órgãos de segurança para o combate ao crack. Até o momento, foram promovidas 146 ações nas principais cracolândias do município, somando 6.228 acolhimentos, sendo 5.423 de adultos e 785 de crianças e adolescentes.

Em operação realizada em novembro passado, viciados também atravessaram as pistas de alta velocidade da Avenida Brasil. Apesar das ocorrências anteriores, a operação de hoje não evitou novos riscos aos dependentes e motoristas que trafegam no local, contribuindo para o acidente que resultou na morte da criança.

Edição: Davi Oliveira