Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O programa anunciado hoje (20) pelo governo federal para aeroportos “é bem-vindo e vai estimular o diálogo entre atores do setor aéreo e a sociedade, além de ampliar a oferta de transporte aéreo à população brasileira”, avaliou, em nota, a direção da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear). A entidade reúne as companhias Avianca, Azul/Trip, Gol e TAM.
À Agência Brasil, o presidente da entidade, Eduardo Sanovicz, considerou como ponto “extremamente” positivo a decisão do governo de investir em infraestrutura aeroportuária e em novos polos de desenvolvimento econômico. Ele disse que 10% dos 270 aeroportos que receberão investimentos diretos do governo ou por meio de parcerias administrativas deverão estar situados em regiões que, em um futuro próximo, poderão se transformar em polos de celulose, da indústria agropecuária, de insumos em tecnologia de automóveis, por exemplo. “O desenvolvimento do interior é o segundo ponto positivo”.
Sanovicz elogiou a decisão de que as empresas que desejarem participar do processo de concessão dos aeroportos do Galeão (RJ) e de Confins (MG) precisem ter experiência em unidades com capacidade de circulação anual de, no mínimo, 35 milhões de passageiros. Ele citou a afirmação feita pela presidenta Dilma Rousseff, durante o anúncio do programa de investimentos para aeroportos, de que o governo estava criando políticas e novos paradigmas. Sanovicz destacou ainda a isenção tributária concedida ao setor pelo governo.
Na opinião do presidente da Abear, a manutenção dos valores cobrados por tarifas aeroportuárias, que teriam reajuste em 1º de janeiro de 2013, representará economia de cerca de R$ 400 milhões para as companhias aéreas. “O aumento previsto era 83%. Era um volume de dinheiro que anulava toda a desoneração da folha feita pelo Ministério da Fazenda há poucos meses. Extrapolava. Era maior que a desoneração. Vimos [a medida] como importantíssima”.
O setor, disse o presidente da Abear, quer aeroportos eficientes e preços justos para operar. ”Se o governo entende que é o modelo mais adequado, nós aplaudimos. Não nos cabe questionar o modelo. Cabe-nos apoiar todas as inciativas que conduzam para um modelo mais justo e mais eficiente para o setor aeroportuário”. Ele entende o processo anunciado como de aperfeiçoamento e de crescimento. “Não temos reparos a fazer”.
Eduardo Sanovicz prevê que os primeiros resultados do plano poderão ser sentidos no médio prazo. “Para o setor, o fato que a agenda da aviação hoje é parte da agenda do governo é extremamente positivo e saudável”. Ele diz que as medidas, entretanto, não esgotam a agenda do setor. “Mas, no dia de anúncio positivo, é dia de aplaudir, saudar e comemorar”.
Edição: Fábio Massalli