Mariana Branco
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Após iniciar dezembro com déficit, a balança comercial se recuperou na segunda semana do mês e registrou superávit de US$ 1,274 bilhão, segundo dados divulgados hoje (17) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). O resultado é o melhor desde a segunda semana de maio, quando o superávit chegou a US$ 1,631 bilhão.
O valor de US$ 5,581 bilhões em exportações superou o das importações, que ficaram em US$ 4,307 bilhões na semana de 10 a 16 de dezembro. Na primeira semana do mês, a balança havia registrado déficit de US$ 463 milhões.
Computando-se os resultados de 1° a 16 de dezembro, as exportações alcançaram US$ 10,259 bilhões e as importações US$ 9,448 bilhões, com saldo positivo acumulado de US$ 811 milhões. No ano, as vendas para o exterior somam US$ 233,090 bilhões, enquanto as compras brasileiras estão em US$ 215,091 bilhões. Assim, a balança está com superávit acumulado de US$ 17,999 bilhões em 2012.
A média diária das exportações em dezembro de 2012 está em US$ 1,026 bilhão, resultado 2% superior ao registrado nas duas primeiras semanas do mesmo mês de 2011. Os principais produtos que impulsionaram as vendas externas no período foram os semimanufaturados cujo comércio cresceu 22,9%.
De acordo com o ministério, os semimanufaturados mais vendidos foram açúcar (bruto), celulose, couros e peles e ouro. O comércio de manufaturados teve crescimento mais modesto de 2,3%, em razão principalmente do etanol, óleos combustíveis, bombas e compressores, chassis com motor e autopeças. As exportações de produtos básicos caíram 3,6% no período, principalmente em função do declínio da soja em grão, minério de ferro e café em grão.
Nas importações, a média diária de dezembro de 2012 cresceu 13,4% ante igual período de 2011. O resultado mais expressivo do que o das exportações foi motivado pelo aumento das compras de cobre (95,7%), produtos farmacêuticos (59,7%), adubos e fertilizantes (43 %), aeronaves (42,7%), instrumentos de ótica e precisão (34,3%), equipamentos mecânicos (19,8%) e plásticos (19,8%).
No mês passado, a balança comercial teve déficit de US$ 186 milhões, pior resultado para o mês em 12 anos.
Edição: Carolina Pimentel