Douglas Corrêa
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Um incêndio destruiu hoje (15) duas lojas da mesma família na Rua da Alfândega, na área central da cidade, onde funciona o comércio da Sociedade dos Amigos da Rua da Alfândega e Adjacências (Saara). A área de compras – uma das mais tradicionais do centro do Rio – reúne árabes, libaneses, judeus e cariocas, todos convivendo no espaço que congrega as ruas dos Andradas, Buenos Aires, da Alfândega, além da Praça da República. Não houve vítimas, segundo o Corpo de Bombeiros.
O incêndio começou pouco depois das 9h30 e várias lojas deixaram de abrir ao público, devido ao trabalho do Corpo de Bombeiros. O Natal é a festa que reúne maior número de compradores, chegando a passar pelo comércio cerca de 1 milhão de pessoas por dia, de acordo com estimativas do presidente da Saara, Ênio Bittencourt. O movimento é intenso por causa das lojas de brinquedos, bijuterias, cama, mesa e banho, além do comércio de roupas e dos tradicionais restaurantes árabes que funcionam na região.
No comércio da Saara existem cerca de 1,2 mil lojas, e as cerca de 40 lojas que deixaram de abrir hoje (15 vão ter – cada uma – prejuízo de cerca de R$ 150 mil reais.
O incêndio começou na loja Bibinha, de moda infantil, na Rua da Alfândega, de propriedade de Mauro Kijjar, que tem a loja instalada no local há mais de 30 anos. O fogo começou no segundo andar, onde fica o estoque dos produtos. O fogo também atingiu a loja de bijuterias do filho dele, Paulo Kijjar. Os estabelecimentos são vizinhos.
Os comerciantes reclamaram que os bombeiros chegaram ao local meia hora após ao início do incêndio. O comandante operacional do Quartel Central do Corpo de Bombeiros que fica na Praça da República, a poucos metros do local da ocorrência, negou a informação.
Segundo o tenente-coronel André Melo, a ação dos bombeiros foi um sucesso e evitou que o fogo se alastrasse rapidamente para outras lojas, devido ao forte calor e ao excesso de material estocado na loja de artigos infantis. "Não houve nenhuma vítima e achei que o combate foi excelente. Chegamos tão logo entrou o chamado de socorro e não houve atraso nenhum do nosso socorro até pela proximidade do quartel. Achei que a ação no geral foi excelente". O tenente-coronel Melo disse que as causas do incêndio ainda não podem ser definidas e que o trabalho da perícia pode ficar prejudicado devido ao desabamento da área onde começou o incêndio.
O trabalho dos bombeiros durou cerca de três horas. As pessoas que trabalham nas lojas do comércio foram autorizadas a voltar ao trabalho pouco antes das 13h. O trânsito na área central do Rio, principalmente a Avenida Presidente Vargas, ficou congestionado durante toda a manhã.
Edição: Talita Cavalcante