Vladimir Platonow
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro – A ministra do Planejamento, Miriam Belchior, defendeu hoje (4) a meta do governo de construir 2,4 milhões de residências pelo Programa Minha Casa, Minha Vida até o final de 2014. Ela participou no Rio da entrega de 248 apartamentos no Morro da Mangueira a famílias que antes moravam em uma favela construída junto ao muro que separa a linha férrea.
Também houve entrega de residências no Distrito Federal, em Pernambuco, no Rio Grande do Norte e no Rio Grande do Sul, totalizando um milhão de imóveis pelo programa do governo. As solenidades foram transmitidas em telão, ao vivo, com a participação da presidenta Dilma Rousseff, que estava em Brasília.
Miriam Belchior destacou que o plano anunciado hoje pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, de estímulos ao setor da construção civil, deve ajudar o governo a cumprir a meta. O plano inclui desoneração da folha de pagamentos, redução de tributos e acesso a capital de giro para o setor. “Isso é importante, porque permite fazer unidades maiores e melhores para a população, com um custo menor. O governo assume, mais uma vez, uma desoneração que permitirá acelerar a construção dessas unidades”, ressaltou a ministra.
Com as novas regras do Minha Casa, Minha Vida, a parcela para quem ganha até R$ 1,6 mil como renda familiar foi reduzida de 10% para 5%. “Quem ganha um salário mínimo [de renda familiar] e pagava R$ 62, passará a pagar R$ 31. A maior parte é paga pelo governo federal, na forma de subsídio”, explicou.
O Rio de Janeiro é o município campeão em contratações de imóveis do Minha Casa, Minha Vida, com 55.213 unidades contratadas. O prefeito do Rio, Eduardo Paes, disse que a meta até 2016 é a construção de mais 50 mil imóveis. “É o melhor programa do governo federal, porque é transformador na vida das pessoas e na realidade das cidades”, disse Paes.
Entre os beneficiados pelos novos apartamentos do Condomínio Mangueira 2, estava o frentista José Carlos Miranda, que morava com a esposa Maria das Graças Domingues na favela junto à linha do metrô. “É uma grande mudança. Morávamos ao lado da [Avenida] Radial Oeste, agora o ambiente é bem melhor”, disse Miranda que, com a nova casa, planeja agora o primeiro filho.
Para a diarista Diene Dourado Santos, a maior conquista foi dar um local seguro para os filhos. “É muito bom, em tudo. Eu morava em um quarto e sala com meus três filhos, na beira da avenida. Tinha muito medo, porque saía da minha porta e já era a rua. Agora eles vão ter espaço para brincar”, comemorou.
Edição: Denise Griesinger