Mantega acredita em crescimento da economia no quarto trimestre

04/12/2012 - 12h34

Daniel Lima
Repórter da Agência Brasil

 

Brasília - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, acredita que a economia poderá crescer, em um cenário mais pessimista, aproximadamente 0,8% no quarto trimestre. No terceiro trimestre, a economia cresceu apenas 0,6%, segundo resultado divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Para o ministro, a redução da taxa básica de juros (Selic), um dos instrumentos utilizados pelo governo para estimular a produção, ainda não provocou os efeitos desejados no crescimento do país.

“Quando se reduz a taxa de juros é natural que haja um lapso de tempo para a medida ter eficácia. Mas quando há uma crise internacional, esse tipo de medida demora um pouco mais para ter efeito. Seja qual for o cenário a economia vai continuar em aceleração”, disse.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, participa de audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado para apresentar a nova proposta do governo de unificação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em 4% em todo o território nacional.

A equipe econômica propõe ainda a criação de dois fundos que compensarão perdas dos estados e do Distrito Federal com as alterações no ICMS. Um dos fundos, avaliado em R$ 7 bilhões, será de compensação automática para os estados que tiverem a arrecadação reduzida com a unificação do tributo. Outro, no total de R$ 182 bilhões, para financiar investimentos locais com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e do Orçamento Geral da União.

Durante a audiência pública no Senado, Mantega falou rapidamente sobre as medidas de estímulo à construção civil anunciadas por ele no Palácio do Planalto antes de participar do debate com os senadores.

“A indústria de construção é importante para o país porque produz bens importantes, não só para a habitação como para a infraestrutura. É uma indústria que emprega muita gente e representa investimento de 45% do Produto Interno Bruto (PIB)”, destacou.

 

 

Edição: Lílian Beraldo