Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A 8ª Feira Nacional da Agricultura Familiar e Reforma Agrária - Brasil Rural Contemporâneo começa nesta quarta-feira (21), na Marina da Glória, com a expectativa de atrair 150 mil visitantes, superando o recorde de 120 mil pessoas registrado em 2009, em outra edição também realizada no Rio.
A ênfase, este ano, será a realização de negócios, segundo informou à Agência Brasil o coordenador-geral do evento, Arnoldo de Campos, diretor do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA). Será a terceira edição da Brasil Rural Contemporâneo a ocorrer no Rio de Janeiro. As outras cinco foram feitas em Brasília. O evento termina no dia 25.
“Serão 654 expositores de todos os estados do Brasil, que vão trazer vários tipos de produtos, como alimentos, bebidas, artesanato e cosméticos”, explicou. Quarenta por cento dos expositores são produtores orgânicos ou agroecológicos com certificação.
Em conjunto com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), o ministério está criando pela primeira vez um espaço específico na Brasil Rural Contemporâneo para receber o setor privado, chamado Talentos do Brasil Rural. “Nesse espaço, a gente vai receber empresas, entidades empresariais. Estamos mobilizando o setor supermercadista e o setor hoteleiro para fechar negócios”.
O MDA pretende atrair os segmentos de bares e restaurantes e empreendimentos da alta gastronomia para que conheçam os produtos diversificados das várias regiões brasileiras que serão apresentados. “Hoje está muito forte esse movimento em torno da culinária brasileira, com ingredientes sustentáveis, regionais, típicos. Isso tudo vai estar presente lá”, lembrou Campos.
Segundo enfatizou o coordenador, a feira visava, especialmente, apresentar a agricultura familiar para o público. “Agora, a gente está trabalhando para que ela também seja uma feira de negócios, aproximando oferta e demanda, encurtando as cadeias produtivas. A gente está sentindo diversos setores demandando esse tipo de produtos, mas não têm o conhecimento de onde está essa oferta”, explicou.
A Brasil Rural Contemporâneo pretende superar o volume de negócios de R$ 9 milhões da sua última edição no Rio, em 2009, alcançando agora R$ 15 milhões. A ideia é tornar a feira cada vez mais itinerante. Arnoldo de Campos adiantou, inclusive, que, no ano que vem, há grande chance de ela ser organizada em São Paulo, aproveitando o fato de a capital paulista ser o maior mercado consumidor do país.
Outra possibilidade em análise é promover o evento em cada cidade que sediará os jogos da Copa do Mundo de Futebol. “Em 2014, a gente está pensando em uma estratégia de fazer feiras menores, mas simultaneamente em mais cidades”. O assunto já começou a ser debatido com a Federação Internacional de Futebol (Fifa).
“Nós vamos lançar na feira uma campanha de consumo sustentável, valorizando produtos orgânicos brasileiros, da agricultura familiar, do comércio justo”. Para Campos, esse será um atrativo a mais para o público que visitará as cidades durante os jogos.
Edição: Davi Oliveira