Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O porta-voz do do Ministério das Relações Exteriores, embaixador Tovar da Silva Nunes, elogiou hoje (19) à Agência Brasil a escolha do nome de Xi Jinping como novo presidente da China e secretário-geral do Partido Comunista chinês (PCC). Segundo ele, Xi Jinping esteve no Brasil em 2009, conhece o país e as expectativas são de ampliação dos acordos bilaterais existentes dentro da parceria estratégica que há entre os dois países.
“O governo brasileiro vê com satisfação a confirmação de Xi Jinping, que em 2009 esteve no Brasil e demonstrou interesse nosso país”, disse o embaixador. “A tendência é de ampliação de parcerias, baseadas em uma amizade duradoura, de cooperação e, cada vez mais, de atração de investimentos.”
Por mais de uma semana, a cúpula política chinesa esteve reunida no 18º Congresso Nacional do Partido Comunista da China (PCC) para a definição dos novos integrantes do Comitê Central do PCC e da Comissão Central de Inspeção Disciplinar. Os novos líderes cumprirão um mandato de cinco anos. A escolha foi definida por 2.307 delegados do partido.
Xi Jinping, que faz parte do PCC, substitui Hu Jintao, enquanto Li Keqiang assumirá como novo primeiro-ministro no lugar de Wen Jibao. Os novos líderes assumem as funções em março de 2013, mas já promoveram algumas reuniões políticas.
Na semana passada, o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, disse que a relação entre o Brasil e a China permanecerá intensa e inalterada, mesmo com as mudanças na cúpula política chinesa. Patriota citou a parceria estratégica existente entre os dois países.
“Acompanhamos com muito interesse tudo que se passa na China, um parceiro estratégico do Brasil, mas temos plena confiança que continuaremos desenvolvendo uma relação intensa e cordial em todos os planos”, ressaltou o chanceler.
Ao discursar hoje (19), Xi Jinping disse que as alteração do PCC na atual Constituição da China refletem as mudanças que estão em curso no país. O futuro presidente ressaltou o “socialismo com características chinesas” que orienta as decisões do partido e do governo. A Consttituição, segundo ele, foi alterada para garantir essa premissa.
Xi Jinping pediu os esforços de todos para “respeitar, cumprir e proteger a Constituição”. O futuro presidente reiterou que as mudanças no texto constitucional ratificam o “centralismo democrático” que guiará “o processo de formulação de políticas e iniciativa oficiais”.
*Com informações da agência estatal de notícias da China, Xinhua.
Edição: Graça Adjuto