Discutida em reunião retomada imediata das obras de reforma da Emergência do Hospital Federal de Bonsucesso

14/11/2012 - 17h46

Da Agência Brasil

 
Rio de Janeiro – A retomada imediata das obras de reforma do prédio onde funcionava o setor de Emergência do Hospital Federal de Bonsucesso (HFB), na zona norte da capital fluminense, foi discutida hoje (14) em reunião que teve a participação de membros do Conselho Regional de Medicina do estado do Rio de Janeiro (Cremerj), representantes do Ministério da Saúde e integrantes do corpo clínico do hospital.

Desde janeiro de 2011 que as obras de reforma da Emergência estão paradas por causa de irregularidades no processo de licitação. Por causa disso, o setor está funcionando improvisadamente em contêineres instalados em uma área próxima ao estacionamento do HFB, com graves prejuízos para os pacientes atendidos no local, inclusive com superlotação.

A Comissão de Fiscalização do Cremerj esteve ontem (13) na Emergência e constatou que o ambiente ainda apresenta condições insalubres e inadequadas para o atendimento. De acordo com a presidenta do conselho, Márcia Rosa de Araújo, o Cremerj pretende monitorar o hospital juntamente com o Ministério Público, para regularizar a situação o quanto antes.

"Há pelo menos 33 pessoas internadas na Emergência, enquanto o limite é 25. Um paciente estava internado há mais de 24 horas, ultrapassando o limite para emergências. Mais do que nunca, é necessário a contratação de recursos humanos e, também, o conserto urgente do exaustor [para evitar que o paciente contraia alguma bactéria, devido ao calor nos contêineres]. Todas essas questões têm que ser resolvidas em um prazo máximo de 30 dias", disse.

Ainda segundo a presidenta do Cremerj, os médicos que trabalham na Emergência, aumentaram as transferências internas de pacientes, mas a oferta de leitos pelo sistema de regulação é insuficiente.
"Há déficit de recursos humanos, com todos os pediatras deslocados para os plantões, acabando com a equipe de rotina. O número de clínicos também não é adequado ao porte do hospital".

 

Edição: Aécio Amado