Corregedoria da PM investiga vazamento de dados sigilosos em São Paulo

14/11/2012 - 9h13

Camila Maciel
Repórter da Agência Brasil

São Paulo – A Corregedoria da Polícia Militar (PM) de São Paulo investiga se houve vazamento de informações sigilosas do 35º Batalhão de Itaquaquecetuba. A suspeita é que dados pessoais de policiais militares, como telefones e endereços, tenham sido repassados ou até mesmo vendidos para o crime organizado. A corregedoria instaurou inquérito para apurar o caso.

Nessa terça-feira (13) à noite, mais um policial militar foi morto, em Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo, onde foram registradas três mortes e seis tentativas de homicídio entre a noite do último domingo (11) e a madrugada de segunda-feira (12). Com mais esse caso, aumenta para 92 o número de policiais militares assassinados este ano no estado. O número já é bem superior ao que foi registrado em todo o ano passado (56). O PM assassinado ontem, Edgar Lavado, 43, trabalhava na Corregedoria da PM. Ele  foi baleado quando chegava em casa por volta das 21h, de acordo com a Secretaria de Segurança Pública.

O policial foi levado por vizinhos ao Hospital Alvorada, mas chegou morto ao local. Testemunhas disseram à polícia que ele foi abordado por três homens em um carro prata, que fizeram disparos e fugiram em seguida. Nenhum objeto foi levado.

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse ontem (14), na capital paulista, que nos próximos dias será iniciado o plano de contenção nas divisas do estado com o objetivo de combater o tráfico de drogas na região. Essa é uma das ações firmadas por meio de parceria dos governos federal e estadual para conter a onda de violência em São Paulo.

Cardozo disse que haverá um reforço da fiscalização nos limites terrestres do estado, além do controle no Porto de Santos e nos aeroportos. Uma operação conjunta envolvendo a Polícia Rodoviária Federal e Estadual, Polícia Federal, Força Nacional, Polícia Civil, Polícia Militar, Receita Federal e Secretaria da Fazenda deve atacar pontos vulneráveis, onde entram drogas e armas que abastecem as organizações criminosas.

Edição: Graça Adjuto