Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A presidenta Dilma Rousseff deverá comandar no dia 7 de dezembro a Cúpula dos Chefes de Estado do Mercosul, em Brasília. Participarão os presidentes Hugo Chávez (Venezuela), José Pepe Mujica (Uruguai) e Cristina Kirchner (Argentina). O Paraguai, ainda suspenso do bloco, não participará. Com o ingresso da Venezuela, o Mercosul passou a contar com 270 milhões de habitantes, o equivalente a 70% da população da América do Sul, e a ter o Produto Interno Bruto (PIB) a preços correntes de US$ 3,3 trilhões.
No encontro, será celebrada a conclusão dos procedimentos técnicos, como a nomenclatura, para a Venezuela preencher todas as condições para manter o intercâmbio comercial no grupo. Ontem (1º), em Caracas, depois de se reunir com o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, Chávez demonstrou entusiasmo com as previsões de crescimento econômico não só da Venezuela, mas também do Mercosul como um todo.
Chávez disse que há indicações de que a taxa de crescimento na Venezuela deverá ficar acima de 5%. O presidente lembrou que a inflação em outubro deste ano foi menor do que a de setembro. Segundo ele, o nível da dívida interna e externa da Venezuela é um dos mais baixos entre os países do Mercosul.
A Venezuela é um dos principais parceiros comerciais do Brasil na América do Sul. Em 2011, o intercâmbio comercial registrou a cifra recorde de US$ 5,86 bilhões. Desde 2003, o comércio bilateral quintuplicou, sendo o Brasil o terceiro principal exportador para a Venezuela.
A adesão do país vizinho ao bloco transformou a área total do Mercosul em um território de 12,7 milhões de quilômetros quadrados, o equivalente a 72% da área da América do Sul, estendendo-se da Patagônia ao Caribe e se consolidando como potência energética global, segundo o Itamaraty.
Edição: Juliana Andrade