Iolando Lourenço e Ivan Richard
Repórteres da Agência Brasil
Brasília - Os trabalhos da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira foram prorrogados por mais 48 dias. Com isso, a comissão encerra as atividades no dia 22 de dezembro. O requerimento para a prorrogação da CPMI foi lido hoje (1º) no plenário do Senado pelo primeiro vice-presidente da Casa, senador Anibal Diniz (PT-AC).
Inicialmente, a comissão encerraria as atividades no próximo domingo (4). O requerimento de prorrogação foi assinado por 41 senadores e 223 deputados. Eram necessárias 27 assinaturas de senadores e de 171 deputados. O prazo para apresentação de novas assinaturas ou retiradas de nomes da lista vai até a meia-noite de hoje. O requerimento lido hoje será publicado para validar a prorrogação dos trabalhos.
Os partidos de oposição chegaram a apresentar um requerimento estendendo o prazo de funcionamento da comissão por mais 180 dias. Na avaliação da oposição, o prazo maior permitiria aprofundar as investigações sobre o núcleo financeiro da organização criminosa chefiada pelo empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, preso desde fevereiro.
Contudo, os partidos da base aliada não concordaram com o prazo de seis meses e apresentaram novo requerimento para estender as investigações por 48 dias, que coincide com o final da legislatura. Com o prazo menor, a comissão irá discutir detalhes do parecer que será apresentado pelo relator, deputado Odair Cunha (PT-MG), que tem prazo máximo até o dia 22 de dezembro para apresentar o documento final a ser votado pelos integrantes do colegiado.
A CPMI tem 533 requerimentos para apreciar. Desses, 13 são considerados prioritários pela oposição, porque pedem a quebra do sigilo bancário de empresas que teriam recebido dinheiro da construtora Delta. Outros requerimentos tratam da convocação de autoridades e acareação de envolvidos, além da solicitação de documentos.
Edição: Carolina Pimentel