Paula Laboissière
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, assinou hoje (1º) duas portarias para expandir ações de promoção, prevenção e recuperação da saúde bucal no Distrito Federal (DF). A expectativa é que o Programa Brasil Sorridente aumente em até 260% a oferta de serviços odontológicos na rede pública da região.
A iniciativa prevê a adição de flúor nas estações públicas de tratamento de água e a ampliação e qualificação da atenção especializada, feita em Centros de Especialidades Odontológicas. A previsão é que essas unidades passem de cinco para dez em todo o Distrito Federal, enquanto as equipes de saúde bucal aumentem de 23 para 83, conforme o governo distrital.
Segundo Padilha, a ampliação do Brasil Sorridente na região representa uma oportunidade de reestruturar o Sistema Único de Saúde (SUS) no DF. “Cada esforço, cada avanço consolidado é um aprendizado de tudo o que temos que avançar ainda mais”, destacou.
O secretário de Saúde do Distrito Federal, Rafael Barbosa, lembrou que a saúde primária local chegou a ser classificada como a pior cobertura em todo o país e que isso tinha reflexos no atendimento odontológico. “Essa parceria com o ministério tem sido vitoriosa para a saúde pública do DF, que hoje se completa com mais uma ação.”
O governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, avaliou que faltava sintonia do governo local com a política nacional de saúde bucal e classificou a parceria com o ministério como “extremamente exitosa”.
Para receber atendimento pela primeira vez, o usuário deve procurar o centro de saúde ou a unidade básica de saúde mais próxima. Depois de iniciado o tratamento, os retornos são agendados pelo dentista até a conclusão dos serviços.
Centros de saúde e equipes do Programa Saúde da Família são responsáveis pelo atendimento primário – orientação, limpeza, tratamento básico das gengivas e restaurações dentárias. Quando há necessidade de tratamento especializado, como canal dentário, o paciente deve ser encaminhado ao Centro de Especialidades Odontológicas de referência.
Instituído em 2004, o Brasil Sorridente atende, atualmente, 92 milhões de pessoas. O número de consultas passou de 10 milhões para 150 milhões por ano, de acordo com o Ministério da Saúde. Até 2014, o governo federal deve investir R$ 3,6 bilhões no programa. Os recursos serão destinados à melhoria de tecnologia, estrutura e contratação de profissionais.
Edição: Carolina Pimentel