Bruno Bocchini
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - O candidato do PSDB à prefeitura de São Paulo, José Serra, disse hoje (08) que a disputa do segundo turno na capital paulista deverá ser baseada na comparação entre as experiências de cada candidato, o conhecimento sobre a cidade e a capacidade de cada um de tirar projetos do papel.
De acordo com Serra, o segundo turno será o momento apropriado para analisar os valores que cada candidato adota. “Esse momento é apropriado à discussão sobre o estilo, valores, honestidade, esforço e mérito. A gente elege um governante e o que vai comandar é o estilo, com quem ele anda junto, qual a experiência que ele tem, qual é o time”, disse o tucano em entrevista coletiva após fazer uma caminhada e cumprimentar comerciantes nas proximidades do mercado da Vila Formosa, na zona leste de São Paulo.
Questionado se a eleição será federalizada, o candidato do PSDB disse que isso não deve acontecer, mas que o partido adversário vai pretender usar a eleição para apagar a questão do processo do mensalão. “O mensalão é óbvio que está presente. Está nas rádios, nos jornais e nas televisões. Está no dia a dia e não haveria de estar fora de uma campanha. O que eles querem fazer é exatamente o oposto: é usar a questão nacional para abafar o mensalão”.
Serra disse ainda que não vai procurar apoio de outros candidatos e que a conversa com os candidatos derrotados no primeiro turno ficarão a cargo de seu partido. Ele destacou que vai basear sua campanha em propostas e biografias e nada de baixaria.
Questionado se vai intensificar sua campanha na periferia da cidade, onde ele foi menos votado em relação ao candidato do PT, Serra disse que vamos "batalhar aqui como sempre. O PT perdeu as duas últimas eleições apesar dessa situação das regiões da periferia. Se você for olhar objetivamente, fizemos muito mais pela periferia do que o PT em seu governo”.
Edição: Fábio Massalli/ Atualizado às 18h08 para contextualização de informação